O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, enviou, nesta terça-feira (14), à Procuradoria Geral da República (PGR) uma representação contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) por declarações em relação a presença de militares no Ministério da Saúde.
A representação foi protocolada no começo da tarde desta terça-feira e se refere ao fato do magistrado ter afirmado que “o Exército está se associando a este genocídio”, em referência as políticas públicas do governo do presidente Jair Bolsonaro no combate ao coronavírus, que avança pelo país. A informação é do jornal Correio Braziliense.
Gilmar explicou, numa live, que sua fala se refere ao fato de povos indígenas não estarem recebendo a proteção adequada, como ele disse ter ouvido do fotojornalista Sebastião Salgado. O ministro, que está na Europa, declarou seu respeito pelas Forças Armadas, mas reforçou que os militares estão sendo chamados a “cumprir missão avessa ao seu importante papel enquanto instituição permanente de Estado”.
As críticas geraram revolta no meio militar, tanto no Executivo quanto na cúpula das Forças Armadas. A interlocutores, Gilmar tem demonstrado tranquilidade em relação a qualquer ação jurídica, pois considera que seu ato não representa nenhuma ilegalidade, nem ultrapassa o direito a liberdade de expressão e manifestação de pensamento. (CB).