O Ministério da Defesa e as Forças Armadas apresentaram uma notícia crime ao procurador-geral da República, Augusto Aras, contra o pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT), após comentário que ele fez na última terça-feira (21) em entrevista à Rádio CBC sobre “holding de crime” na Amazônia.
Ciro disse que as Forças Armadas são coniventes com os crimes ocorridos na Amazônia. Segundo o ex-senador cearense, o narcotráfico é claramente protegido por autoridades brasileiras.
A ação acusa Ciro de suposto crime de “Incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade”.
A Defesa afirmou que as declarações do pedetista são “levianas” e “afetam gravemente a reputação e a dignidade” das Forças Armadas. “Não é admissível, em um estado democrático, que sejam feitas acusações infundadas de crime, sem a necessária identificação da autoria por parte do acusador e sem a devida apresentação de provas, ainda mais quando dirigidas a Instituições perenes do Estado brasileiro”, diz outro trecho do texto.
Em nota, o pré-candidato respondeu ao comando das Forças Armadas, que afirma ser uma ameaça equivocadamente baseada nos artigos 286 do Código Penal e 219 do Código Penal Militar. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).