Nomeado ministro da Educação na última quinta-feira, 25, Carlos Decotelli já está no Palácio do Planalto para pedir demissão do cargo na tarde desta terça-feira, 30, informam auxiliarem do governo, segundo informa a Agência Estado. Segundo pessoas próximas do professor, ele reconheceu que a situação era insustentável e redigiu uma carta pedindo a saída do governo após a sua formação acadêmica ter sido alvo de vários questionamentos.
Decotelli tinha encontro marcado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, às 14h30, mas cancelou sua ida ao Congresso minutos antes. Em seguida, se dirigiu ao Planalto. Pouco depois, o secretário-executivo do MEC, Antonio Vogel, também chegou à sede do Executivo, mas negou que estivesse indo falar com o presidente.
A gota d’água foi a nota da Fundação Getúlio Vargas (FGV) informando que Decotelli não foi pesquisador ou professor da instituição. O presidente Jair Bolsonaro ficou irritado ao saber de mais uma incoêrencia no currículo do indicado, que já teve doutorado e pós-doutorado questionados por universidades estrangeiras e é acusado de plágio no mestrado. O governo então passou a pressioná-lo para que apresentasse uma carta de demissão.