O PSDB do Paraná faz convenção estadual neste sábado, dia 11. Mas desde já o governador Beto Richa está consagrado presidente no lugar do deputado Ademar Traiano. Isto quer dizer que, quer ficando no Palácio Iguaçu quer renunciando para concorrer ao Senado, caberá a Beto presidir os destinos do tucanato nas eleições do ano que vem.
Quanto a isto já não há mais segredo. Como não há “alas” ou “rachas” no PSDB estadual, a convenção acontecerá com a mesma mansidão das águas do lago do parque Barigui.
O problema é outro: como votarão os tucanos do Paraná na convenção nacional do partido marcada para o dia 9 de dezembro?
Aí é que são elas: são dois os candidatos que concorrem à presidência, representando facções bem definidas. De um lado, o senador Tasso Jereissati, que conta com a simpatia das correntes mais tradicionais do PSDB interessadas em devolver o partido ao caminho da ética, como claramente advoga o pai-fundador da sigla, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De outro, o governador de Goiás, Marconi Perillo, lançado pelo senador Aécio Neves – e mais não é necessário dizer.
Até agora não se sabe de que lado estão os eleitores paranaenses que ajudarão a escolher o novo presidente nacional, dentre os quais o governador Beto Richa, os dois deputados da bancada federal (Luiz Carlos Hauly e Nelson Padovani) e os demais delegados do estado.
Votarão unidos em favor de Tasso Jereissati ou de Marconi? Vão se dividir entre um e outro?
O condutor do PSDB paranaense ainda não disse de que lado está. A última declaração dele quanto a simpatias data de três anos atrás, quando se declarou um “soldado” de Aécio Neves. Se mudou de opinião depois da descoberta das estripulias do senador mineiro ninguém sabe.