No mesmo dia em que a Assembleia Legislativa aprovava o Orçamento do estado para 2018, no qual o governo fixou o valor das despesas com educação, o Palácio Iguaçu se viu ocupado durante algumas horas por professores contratados sob o regime de PSS (Processo Seletivo Simplificado) que protestavam contra a redução dos seus salários.
Os salários de 2018 foram fixados pelo governo em índice 13% menor do que pagava em 2017, um contrassenso difícil de explicar – a não ser como mais uma medida do ajuste fiscal iniciado em 2015.
A ocupação durou o tempo suficiente para que o governo anunciasse sua disposição para dialogar com a APP-Sindicato. Uma reunião foi marcada para a tarde desta terça-feira (19) com o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, e com o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni.
O tom da conversa que terão já foi, no entanto, explicitado: o governo não vai voltar atrás porque não quer extrapolar o valor da rubrica prevista no Orçamento para educação. Pode até atender a reivindicação dos professores e lhes dar salário maior, mas, para compensar o gasto suplementar, vai reduzir outras despesas no setor, o que pode incluir o fechamento de escolas e a redução de turmas do número de turmas.
Com isto, reduzirá também o número de contratados pelo PSS, que pode ficar abaixo dos atuais 10 mil.
É evidente que os protestos tendem a continuar.