A possibilidade cada vez menos improvável de que o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, abrace a carreira política, faz o cenário eleitoral do Paraná entrar em ebulição. O Podemos, do senador Álvaro Dias, e a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, têm, sutilmente, disputado o passe de uma das estrelas da operação. O negociador da Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, também teria sido sondado pelos mesmos partidos. Ironicamente, o PT local torce para que eles se decidam pela nova carreira.
Os primeiros sinais vieram do próprio Dallagnol. Em suas palestras, o procurador tem citado a necessidade da renovação política. Claro que o discurso tem levado a inevitável pergunta: “O senhor é candidato?” Durante o 8.º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, em Campos de Jordão, no interior paulista, Dallagnol chegou a declarar que quatro partidos o haviam procurado – ele, no entanto, não revela os nomes das legendas. No mesmo evento, não descartou “servir em diferentes posições públicas ou privadas”. Dallagnol voltou a tocar no assunto em entrevista ao jornalista Ricardo Boechat, na Band News FM, quando disse que não pretende ser candidato agora, mas não descartou essa hipótese no futuro.