O ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos), pré-candidato a deputado federal pelo Paraná, esclarece que o que está em julgamento, na manhã desta terça-feira (9), pelos ministros na Tomada de Contas Especial (TCE), do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, é se o modelo adotado para pagamento de diárias da Operação Lava Jato a procuradores de outras cidades “foi uma escolha sábia e econômica por parte dos gestores”. Não está em discussão neste caso se houve desvio de dinheiro através dos pagamentos.O pagamento de diárias a ele também não está em discussão, uma vez que ele morava em Curitiba. O que está em discussão é o pagamento de diárias a outros procuradores de outras cidades que atuaram na capital paranaense.
Dallagnol informa por meio de sua assessoria de imprensa que não recebeu as diárias e passagens para atuação na operação Lava Jato que estejam sendo questionadas, uma vez que já morava em Curitiba na época das investigações. “Assim, não está em questão se o pagamento é legal, pois é previsto, autorizado e regulamentado pela Lei Complementar nº 75/93. O que se discutiu é se o modelo adotado atendeu à economicidade. Foi justamente o modelo de pagamento de diárias a procuradores da República que permitiu reunir em Curitiba especialistas para atuar num caso de repercussão nacional, e que permitiu a recuperação de mais de R$ 15 bilhões, o que demonstra que o sistema claramente atendeu à economicidade, uma vez que o retorno foi de milhares de vezes o valor investido”.
Ainda segundo a assessoria, “o pagamento das diárias já foi considerado regular pelo Ministério Público do Tribunal de Contas, pela área técnica do TCU por duas vezes, pela auditoria interna do Ministério Público, pela Secretaria-Geral do Ministério Público Federal e pela Procuradoria-Geral da República. Além disso, três Procuradores-Gerais, dois Procuradores-Chefes e dois a três Secretários-Gerais do Ministério Público Federal que atuaram no caso referendaram a correção dos pagamentos feitos”.