O tira-e-põe de tornozeleira em Atherino

Preso preventivamente em setembro do ano passado por ordem da Justiça Federal, o operador Jorge Atherino acabou beneficiado dois meses depois por um alvará de soltura que o obrigava a usar tornozeleira, por seu envolvimento na Operação Integração, do Ministério Público Federal.

Acontece que, em janeiro de 2019, foi novamente preso preventivamente por determinação da Justiça Criminal Estadual, agora enrolado pela Operação Quadro Negro, do Ministério Público Estadual. Levado à cadeia, foi dispensado, obviamente, de usar a tornozeleira – não fazia sentido continuar sendo monitorado eletronicamente enquanto estivesse na cela.

No dia 4 deste mês de abril, porém, ele conseguiu outro habeas corpus, válido para a preventiva que cumpria no âmbito de estadual. Neste caso, o alvará de soltura não condicionava o uso de tornozeleira. Ele foi para casa e seus passos, a partir de então, não puderam ser acompanhados pelo Ministério Público Federal.

Diante dessa situação, o procurador-chefe da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, requereu nesta segunda-feira ao juiz da 23.ª Vara Criminal Federal, Paulo Sérgio Ribeiro, que mande recolocar a tornozeleira em Atherino.

O cerco se aperta: esta semana, o juiz da 13.ª Vara Criminal estadual mandou Atherino devolver também seu passaporte.

2 COMENTÁRIOS

  1. Via de regra quando começa essas falcatruas entre corruptores e corrompidos a oferta para a concretização do ato desonesto parte do agente público. A partir dai, ambos passam a gostar do dinheiro fácil e partem com toda a sede do mundo em busca do botim. Até agora só temos a justiça atras dos corruptores. E os corrompidos? Só temos o pessoal das Concessionarias de rodovias e a Ouro Verde que confessaram e vão devolver o valor surrupiado. E os demais vão ficar fingindo que nada disso aconteceu? Agora esta na hora de por atras das grades toda essa turma. E segue o baile

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