Longe de imaginar que o procurador Deltan Dallagnol esteja encarnando o papel de Dom Quixote enfrentando moinhos de vento – mas ele assumiu, com o mesmo vigor com que age na Lava Jato, a liderança em Curitiba do movimento da Igreja Batista do Bacacheri (da qual é membro) ao recomendar aos fieis que encerrem conta-correntes que porventura mantenham no banco Santander.
Trata-se de uma reação nacional lançada por igrejas evangélicas, com destaque para a Batista, contra a exposição “artística” que o banco promoveu em Porto Alegre. Lá estão expostas “obras” com as quais poderiam se ofender principalmente os católicos, mas a reação protestante foi mais firme diante hóstias pichadas com as palavras “vagina”, “vulva”; outra que retrata Nossa Senhora com um macaco no colo e uma imagem de um Cristo cheio de braços postiços e efeminados. Há também uma pintura com dizeres “Criança viada travesti da lambada” e outra que exibe uma cena de sexo com uma cabra.
Dallagnol defende o boicote ao Santander pelo desrespeito à fé cristã que patrocinou.
Vai quem quer. E quem não gosta que não compareca e não encha o saco. E as novelas da Globo, o Dallagnol não vai atacar também?
Tá. O banco pisou na bola. Largaram na mão de alguém e esqueceram de ir conferir. Mas vou manter minha conta no Santander só por causa das reações destemperadas daqueles que agem igual aos nazistas que atacavam aquilo que consideravam arte degenerada. Aqui ó!