Dallagnol considera normal contato com políticos

O procurador-chefe da força tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, mantém a versão de que mensagens vazadas de seu Telegram são oriundas de crimes e não tiveram sua autenticidade comprovadas, mas admite que contatos do Ministério Público Federal com partidos e entidades da sociedade civil são lícitos quando se tratar de interesse público.

Por meio do Twitter, Deltan se manifestou na tarde desta quarta-feira (7) sobre conversas que teria mantido com o senador Randolfe Rodrigues, da Rede, para supostamente orientá-lo sobre a conveniência da proposição, por seu partido, de um pedido de impeachment contra o ministro Gilmar Mendes, do STF.

Seria uma reação à decisão de Gilmar que, em setembro de 2018, concedeu habeas corpus ao ex-governador Beto Richa, que tinha sido preso por envolvimento na Operação Rádio Patrulha. Deltan temia que outros presos em outras operações também fossem soltos beneficiados por habeas autorizados por Gilmar Mendes.

Deltan fez uma sequência de três postagens sobre o assunto:

1 – Essas mensagens oriundas de crimes e sem autenticidade comprovada têm sido usadas para fazer falsas acusações. Qualquer cidadão, inclusive procuradores, pode sugerir medidas de interesse público para um senador.

2 – É plenamente lícito o contato do MP com entidades da sociedade civil, públicas e privadas, para defender o interesse social nos temas de atuação do Ministério Público. É regular também o fornecimento de informações públicas e subsídios.

3 – Cogitar que um partido independente seria “laranja” de procuradores é surreal.

Mais cedo, o senador Randolfe Rodrigues disse que não conversou com o procurador Deltan Dallagnol sobre a apresentação de uma ação no STF contra Gilmar. “A ação foi movida por convicção minha e da Rede, não foi pedida pelo Deltan. Não teve pedido em momento algum. A ação foi inclusive deliberada pela Executiva da Rede. A Rede Sustentabilidade é campeã de ações no Supremo Tribunal Federal”, afirmou Randolfe, que é citado por Deltan em conversas com outros procuradores, reveladas em reportagem do UOL em parceria com o The Intercept Brasil, publicada nesta quarta-feira.

2 COMENTÁRIOS

  1. Sei se fosse em defesa do interesse público no minimo o público devia saber mas a verdade é que as coisas com Dallagnol sempre ocorreu nos porões então vamos parar com esse mi mi mi mi

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