A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federa aprovou nesta quarta-feira (10) a indicação da diplomata curitibana Eugênia Barthelmess para o cargo de embaixadora do Brasil em Angola. A mensagem presidencial com a indicação foi relatada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) e segue para deliberação do Plenário. Na CRE, o nome da diplomata foi aprovado por unanimidade.
A diplomata, que atualmente é embaixadora em Singapura, nasceu em Curitiba em 1959, filha dos professores universitários Verner Artur Conrado Barthelmess e Heloísa Barthelmess Em 1981, obteve bacharelado e licenciatura em Letras, com ênfase em Língua e Literatura Inglesa, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). No ano de 1986, concluiu mestrado em Letras pela mesma instituição.
Carreira Diplomática
Ingressou na Turma de 1989-1990 do Instituto Rio Brando (IRBr). Concluída sua formação na academia diplomática brasileira, tomou posse no cargo de terceira secretária no ano de 1990.[1]
Foi inicialmente lotada na Divisão das Nações Unidas, onde exerceu por quatro anos as atribuições de assistente. Em 1994, mudou-se para Washington, com vistas a integrar a Missão Permanente do Brasil junto à Organização dos Estados Americanos (OEA). Em 1995, deu-se sua promoção a segunda secretária. No ano de 1998, passou a servir na Embaixada do Brasil em Quito.[1]
Foi promovida a primeira secretária em 2001, quando também regressou ao Brasil e passou trabalhar na Divisão de América Meridional II. Em 2004, foi designada assessora e chefe de Gabinete do Subsecretário-Geral da América do Sul. No ano seguinte, foi promovida a conselheira da carreira diplomática. Mudou-se para Bruxelas em 2007, para integrar o quadro da Missão do Brasil junto à União Europeia (UE).[1]
Defendeu, em 2008, tese no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, intitulada “Brasil e União Europeia: A Construção de uma Parceria Estratégica”, tendo, com isso, cumprido um dos requisitos necessários para a ascensão funcional na carreira diplomática. No mesmo ano, foi promovida a ministra de Segunda Classe.[1]
Após seu regresso a Brasília, no ano 2011, passou a trabalhar na Assessoria Especial da Presidência da República. Em 2013, assumiu, inicialmente, o Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty e, em seguida, o Departamento de América do Sul Meridional. Em 2015, foi promovida a ministra de Primeira Classe, o mais elevado grau da carreira diplomática brasileira. Em 2019 foi nomeada para a Embaixada Brasileira em Singapura. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado).