Curitiba: turismo terceirizado e marginal

(por Ruth Bolognese) – Guiar um visitante pelas ruas de Curitiba hoje é de passar vergonha. Os parques estão tomados por carros de churros, cachorro-quente, refrigerantes e pipoca que estacionam nas faixas amarelas e atrapalham desde a entrada até a caminhada pelos parques e locais históricos.

Estacionar um carro próximo aos pontos turísticos é outro drama. Na Ópera de Arame os guardadores cobram até R$15,00, dominam a área e dão medo. Eles trabalham com tabela de preços, a céu aberto.

No Centro Cívico, há cinco anos, um casal domina toda a área do estacionamento e o lobby é tão grande que se a “minha Margarita” procurar uma vaga, terá que esperar e pagar. Desde que não use o carro oficial com segurança, lógico. Nem Estar a prefeitura conseguiu instalar na região.

Sabe aquela sensação que a gente tem quando chega alguém em casa de repente e a diarista não vem há duas semanas? É a mesma de levar um turista conhecer Curitiba: através dos olhos da visita vemos uma cidade dominada totalmente por terceiros, sem padrão nem vigilância – de guardadores de carros aos já mencionados carros de tudo quanto é bugiganga – sem controle algum, sem fiscalização e a guarda municipal é igual à diarista: não se vê nem sinal.

É o que temos. Rafael Greca, como prefeito, está ficando cada vez mais, um grande poeta. Pura fuga.

3 COMENTÁRIOS

  1. Cara jornalista, este casal trabalha faça chuva e faça sol. Está desde cedo e só vai embora quando o ultimo carro sai. É de confiança. O trecho que o casal cuida é um dos poucos no Centro Cívico que é possivel encontrar uma vaga para estacional. Por que, ao invés de expor o casal, não critica o fato de o Tribunal de Justiça se adonar da praça que fica atrás do Fórum, no Centro Cívico. Antigamente qualquer mortal podia estacionar ali, agora só o pessoal do TJ. Tem até segurança. E olha que há espaço de sobra no próprio TJ, mas na mão grande se adonou da praça que deixou de ser do povo!

  2. As ruas, como marechal deodoro e joão negrão, estão sendo tomadas por vendedores ambulantes, mas com lugar fixo nessas ruas e esquinas, com aqueles carros verdes cheios de mercadorias, atitude extemporânea do então prefeito Mauricio Fruet que permitiu essa atividade no centro da cidade. Anos depois foi construída na praça em frente à Santa Casa de Misericórdia um mercado justamente para relocar a local adequado essas atividades que não condiziam com o urbanismo central da cidade, mas muitas delas permaneceram e hoje estão se expandindo no centro da cidade. Nada contra esses ambulantes mas deveriam exercer suas atividades nos bairros onde vivem, ali terão condições melhores de sobreviver condignamente e deixarem liberadas as ruas e calçadas no centro da cidade para o que lhes é próprio. Mante-los ali, com permissão da municipalidade (se é que ela existe) além de desumano, é totalmente inadequado.

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