De acordo com dados divulgados pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Curitiba tem um déficit habitacional de mais de 90 mil moradias. Segundo a pesquisa, 43.461 famílias vivem em alguma das 322 favelas espalhadas pela capital paranaense e outras 7.400 famílias moram em um dos 93 loteamentos irregulares da cidade.
O levantamento, divulgado no último dia 26 de abril, mostra ainda que existem 58.781 famílias na fila de uma casa popular da Cohab, destacando a urgência da demanda por moradias na cidade. Parlamentares paranaenses lutavam há meses pelos números atualizados e reclamavam do “sumiço” dos dados referentes ao caos habitacional na capital paranaense.
Em 2023, o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) chegou a protocolar um expediente oficial à Prefeitura de Curitiba solicitando informações referentes a quantidade de favelas e loteamentos irregulares existiam na capital. O pedido nunca foi respondido.
O parlamentar chegou a apresentar um projeto de lei estabelecendo que todos municípios do Paraná terão que passar a dar transparência nas filas por moradias. A proposta está em trâmite no Legislativo Estadual.
“A pesquisa revela uma Curitiba que poucos conhecem e demonstram uma falta de gestão competente e eficiente por parte da Prefeitura. É preciso promover a melhora das condições de vida das famílias com maior grau de vulnerabilidade social, levando mais dignidade, oportunidade e esperança de uma nova vida, de um novo futuro para quem realmente precisa”, destaca o deputado estadual Ney Leprevost.
De olho no caos social gerado por problemas habitacionais, entre eles o aumento da violência e falta de estruturas básicas da área do transporte, saúde e educação, Ney Leprevost, em parceria com o também deputado Delegado Jocovós (PL), protocolou, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), um projeto de lei criando a Política Estadual de Desenvolvimento Urbano e Socioeconômico de Favelas, inspirado no Projeto Favela 3D desenvolvido pelo Instituto Gerando Falcões. “O projeto de lei busca o desenvolvimento humano integral e a promoção da cidadania por meio de tecnologias inovadoras em equipamentos, moradia e estrutura comunitária que têm o poder de transformar as favelas em espaços dignos para os moradores”, comenta Ney.