Curitiba dá cidadania honorária ao comunicador Milton Neves

Em sessão híbrida realizada nessa quarta-feira (25), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) ratificou homenagem, com a Cidadania Honorária da capital, para o jornalista e comunicador esportivo Milton Neves. O título foi proposto pelo vereador Pier Petruzziello (PTB) e recebeu, na análise em segundo turno, 24 votos favoráveis, 3 contrários e 5 abstenções.

“Natural de Muzambinho (MG), o homenageado iniciou a carreira na imprensa esportiva na Rádio Colombo, da capital do Paraná, nos anos 1970. Milton Neves é um dos maiores comunicadores do Brasil, se não for o maior. Sempre que pode, ele coloca Curitiba no patamar esportivo nacional. Na Bandeirantes, quando fala do futebol brasileiro, não deixa de citar o Coritiba, o Athletico e o Paraná Clube”, destacou Petruzziello no debate em primeiro turno. A vereadora Sargento Tânia Guerreiro (PSL) declarou apoio “à homenagem muito merecida ao Milton”, por considerar que eles têm uma história de vida parecida. “Também vim de outro lugar, passei as mesmas coisas que ele passou”, pontuou.

Já Renato Freitas (PT) retomou questionamentos a declarações do homenageado – levantados, na véspera, por Maria Leticia (PV). A vereadora citou comentários negativos feitos por Milton Neves, em 2016, sobre a seleção feminina de futebol, que renderam notícias na imprensa e repercussão negativa nas redes sociais.

“Qual mensagem a Câmara de Vereadores quer passar à comunidade, à população curitibana? Que a misoginia e o machismo são problemas menores?”, disse Freitas. Petruzziello agradeceu a “ampla maioria que entendeu o motivo desta homenagem”. Na resposta ao vereador, ele declarou que “a imagem que não queremos trazer à CMC é a imagem de pichadores”.

“Pessoalmente eu não tenho nada contra a pessoa”, continuou Professora Josete (PT). Em desagravo a Freitas, ela afirmou ter votado contra a concessão do título devido os comentários machistas e misóginos. “Perdemos todos. Perde a Câmara que macula seu nome dando um título muitíssimo importante a uma pessoa que tem hábitos questionáveis” reforçou Maria Leticia. Na opinião dela, as comissões precisam ser mais criteriosas na análise dos projetos que concedem as honraria, evitando constrangimentos.

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