Dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Ministério de Saúde apontam Curitiba como a capital brasileira com o maior número de fumantes do País. De acordo com as informações da última edição da pesquisa Vigitel, levantamento anual feito pelo Ministério, a capital paranaense tem prevalência de fumantes correspondente a 15,6%, número maior que o de São Paulo e Porto Alegre, que aparecem na sequência.
Já a capital com menor índice de adeptos ao cigarro é Salvador, com 4,1%. No Brasil, o estudo mostra que a frequência do consumo do tabaco entre os fumantes nas capitais brasileiras reduziu em 36%, no período de 2006 a 2017. Nos últimos anos, a prevalência de fumantes caiu de 15,7%, em 2006, para 10,1% em 2017. A frequência do hábito de fumar é maior entre os adultos com menor escolaridade (13,2%), e cai para 7,4% entre aqueles com 12 anos e mais de estudo.
De acordo com os dados, apesar de registrar queda nos últimos dez anos, o hábito de fumar ainda abrange um em cada dez brasileiros que vivem nas capitais do país e dá sinais de novo avanço em algumas faixas etárias, como entre jovens de 18 a 24 anos. Foram ouvidas 53.034 pessoas acima de 18 anos nas capitais.
Segundo o levantamento, em 2017, cerca de 10,1% da população adulta que mora nestes locais era fumante. Em 2006, quando a pesquisa passou a ser aplicada, esse índice era de 15,7% -queda de 36%. Essa redução, no entanto, tem ocorrido de forma mais devagar nos últimos três anos. Em 2016, por exemplo, o total de adultos fumantes era de 10,2%, índice praticamente semelhante ao atual.
Dados também apontam aumento no total de fumantes em algumas faixas etárias, caso de jovens de 18 a 24 anos, cujo percentual de adeptos ao cigarro cresceu de 7,4%, em 2016, para 8,5% no último ano. Com esse novo aumento, o país volta a atingir o patamar que registrava há seis anos entre esse grupo. Também houve aumento na faixa etária de 35 a 44 anos, onde 11,7% dos entrevistados declaram que mantêm o hábito de fumar. Em 2016, esse índice estava menor: 10%.
A taxa de fumantes, aliás, ainda é maior entre homens do que entre mulheres. Também é mais alta entre adultos com menor escolaridade do que entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo.