Está escancarada uma crise entre o Rafael Greca e a família Richa. É a síndrome do escorpião que, por natureza, pica o sapo que o ajudou a atravessar o rio.
Seguinte: o filho de Fernanda Richa, Marcelo, deixou a secretaria municipal de Esporte e Lazer para se candidatar a deputado estadual, com o compromisso assumido por Rafael Greca de que, para o seu lugar, iria um nome indicado por Marcelo.
Uma semana depois, ninguém foi nomeado para o posto e, ao que tudo indica, o nome recomendado não será o escolhido.
Quem acompanha o assunto de muito perto diz que a mão oculta que age em sentido contrário ao acordo firmado é a da primeira-dama do município, Margarita Sansone, que há décadas tenta competir com Fernanda Richa na área de ação social. E nomear o indicado para suceder Marcelo na secretaria de Esportes é mesma coisa que manter um enclave da família Richa na prefeitura.
Por outro lado, há quem observe que este fato não deve ser encarado como surpresa: a biografia de Rafael Greca, sempre associada à Margarita, registra que ele nasceu politicamente sob a proteção de Jaime Lerner. Foi eleito prefeito pela primeira vez graças a este apoio, deputado federal com votação histórica e depois foi elevado a ministro de Fernando Henrique pelo mesmo caminho.
Aí resolveu que poderia se aliar ao então ascendente senador Roberto Requião, que se candidataria a governador em 2002, e se esqueceu da origem. Mas sob a nova proteção, não conseguiu se eleger deputado estadual (teve apenas 20 mil votos) e a prefeito em 2012, quando não passou dos 10% no resultado das urnas.
Logo mudou de lado. Abandonou Requião e, ainda que na surdina, se aliou a Beto Richa. Beto lhe deu como vice o jovem Eduardo Pimentel, que teve papel determinante na campanha eleitoral para dividir o eleitorado de Ney Leprevost. Eleito prefeito, Rafael ganhou de Richa, a fundo perdido, R$ 250 milhões do governo do estado para lhe permitir fazer as obras que foram negadas a Gustavo Fruet.
A crise está feia. Fala-se em ingratidão. Beto Richa, no entanto, ainda está preferindo ficar à distância porque acredita que Greca lhe será importante para ajudá-lo em Curitiba na campanha para o Senado.
Só uma observação de texto, mas está escrevendo o nome do Marcello errado (é com dois L)
Greca tem que limpar a prefeitura, mandar para a rua os indicados de beto, luciano, geovani e o escambau a quatro.
Mandar para a rua, inclusive, secretário que tem processo e condenação do Tribunal de Contas nas costas.
Afinal de contas, quem manda nessa bagassa? É o Greca ou os outros?
“Uma mão lava a outra e as duas batem palma.” isso enquanto as duas tem caneta.