O Conselho de Ética da Câmara de Curitiba decidiu arquivar a denúncia contra a vereadora Fabiane Rosa (sem partido), acusada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) de desviar parte dos salários de ex-assessores, em um esquema conhecido como “rachadinha”. O conselho rejeitou relatório proposto pelo relator Marcos Vieira (PDT) e pela vice-relatora Professora Josete (PT), que recomendava a cassação de mandato e a perda de direitos políticos. Foram quatro votos contrários e três favoráveis.
Segundo a denúncia do MPPR, dez ex-funcionários da vereadora foram obrigados a devolver parte dos salários. Duas pessoas ainda teriam sido exoneradas por não concordarem com a devolução. No dia 27 de julho ela foi presa pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-PR, mas atualmente responde o processo em prisão domiciliar.
A vereadora foi expulsa do PSD, partido do qual fazia parte e está afastada das funções públicas desde o dia 3 de setembro, após decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
Para que o relatório fosse aceito e votado pelos 38 parlamentares, era necessária a maioria absoluta de votos dos nove integrantes do Conselho, ou seja, cinco votos favoráveis. A vereadora Maria Leticia (PV) foi a única a acompanhar a opinião dos relatores Marcos Vieira e Professora Josete e votou pelo prosseguimento da denúncia. Os demais integrantes, Paulo Rink (PL), Toninho da Farmácia (DEM), Dona Lourdes (PSB) e Geovane Fernandes (Patriota), votaram contra o relatório.
O presidente do Conselho de Ética, Bruno Pessuti (Pode), que está com a covid-19, não participou da votação, bem como o vereador Rogério Campos (PSD).
Fabiane Rosa é acusada de praticar o esquema de “rachadinha” em seu gabinete, que consiste na exigência de devolução de parte do salário de servidores comissionados para permanência no cargo.(Bem Paraná).
VERGONHA.