A revelação do jornal Valor Econômico de que a Copel, mesmo sem saber, tinha se tornado sócia de um investimento imobiliário em São Paulo – um problema que lhe causou embaraços até mesmo junto à Bolsa de Valores de Nova Iorque – guarda potencial para tirar do armário mais um esqueleto deixado pelo governo Beto Richa.
Mais cedo, o Contraponto resumiu a história contada pelo jornal paulista, segundo a qual a Uega (foto em destaque), termelétrica de Araucária subsidiária da Copel, havia aplicado seus lucros, cerca de R$ 100 milhões, num fundo indicado por um ex-diretor do banco BTG Pactual e direcionado para uma empresa privada que construiria um grande complexo imobiliário na cidade de Osasco, na grande São Paulo. A ordem de aplicação dos recursos da Uega partiu do então diretor administrativo-financeiro da Uega, Erlon Tomasi (foto).
Detalhes quase policialescos surgiram também, conforme investigação do repórter Rafael Moro Martins, publicada no mesmo jornal. Segundo a matéria, “investigação externa feita pelo escritório de advocacia Tauil e Chequer e pela auditoria EY chegou a um ponto delicado ao encontrar, no computador usado por Tomasi, um e-mail em sua caixa pessoal que indicava uma relação dele com outro investimento nos Estados Unidos, com utilização de recursos depositados em conta de uma offshore com sede no Panamá.
De acordo com a reportagem de Rafael Martins, nos bastidores do poder paranaense, deputados estaduais do governo e da oposição, além de fontes na Copel, atribuem a nomeação de Tomasi ao cargo que ocupou entre 2011 e 2017 ao sogro dele, Nestor Batista, um radialista tornado político que ocupa o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) desde 1989.
“Ninguém aqui tem ideia se [Tomasi] é gordo, magro, velho, novo. Eu só sei que é genro do Nestor Batista”, disse ao Valor, sob a condição de anonimato, um deputado estadual que foi importante aliado do ex-governador Beto Richa, do PSDB. Principal acionista da Copel, o Estado, comandado por Richa, determinou que a estatal indicasse Tomasi para ser diretor da Uega.
“É o usual. O conselheiro indicou o genro, o governador atendeu. O Brasil funciona assim, né?”, ironizou o parlamentar. A experiência profissional listada no Linkedin se resume a cargos públicos de indicação política. De 2004 a 2008, ele foi diretor do gabinete do sogro no TCE. Saiu dali em agosto de 2008, quando o Supremo Tribunal Federal publicou a súmula vinculante número 13, que proibiu o nepotismo no serviço público. Em janeiro de 2009, foi nomeado diretor administrativo financeiro da Curitiba S.A., uma empresa de economia mista da administração municipal – à época, Beto Richa era prefeito. Ali, Tomasi ficou até fevereiro de 2011, quando foi indicado à direção da Uega.
Alô imprensa! O Beto é do PSDB.
Sintam-se assoberbados de serviços e deixem o homem em paz!
Isso, não vem ao caso.
E o Conselho Fiscal neste período? Nada fez? Não apontou a irregularidade? Divulguem seus nomes!!!!! Devem se explicar também!!!!! Ou eram amigos do Piá de Prédio??????? e a Governadora está investigando o caso através da Força Tarefa anti-corrupção criada no inicio de sua gestão??? Gaeco neles Promotor Batisti!!!!!! Confiamos no seu trabalho!!!!!!
Essa o TCE vai ficar mudo e calado!!!!!!!!!
Engraçado, ninguém informa se a aplicação deu lucro ou prejuízo, que é o que realmente importa. Só política dá audiência. Se deu lucro, foi esquisita mais deu certo, se deu prejuízo, foi realmente um horror.
Mais um amigo “distante” do ex-pior governador do Estado de todos os tempos no Paraná, rastro de nepotismo, incúria, malversações, desmandos e escândalos policiais !!!
Deixa ver…Beto Richa, amigo distante, negócios nebulosos? É tucano né? Então rigorosamente não vem ao caso.
Ministério Público Estadual do Paraná no silêncio como sempre.
Ivonei dá uma de não sei.
Que beleza é o Piauí do Sul.
Nestor Batista é uma excelente pessoa.