Sem retoques no texto original, o Contraponto reproduz a descrição que fazem diretores do Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis) da situação vivida na tarde desta terça-feira em duas dependências carcerárias do centro de Curitiba. São dois barris de pólvora prestes a explodir se a nova secretaria de Administração Penitenciária, criada nos primeiros dias da gestão de Cida Borghetti, não tomar providências urgentes. Veja:
Sinclapol foi chamado nesta terça-feira 15/05 com urgência na central de flagrantes no centro de Curitiba para atender os policiais civis que pediam socorro, ao chegar flagramos cenas que se igualavam a masmorras medievais, 140 pessoas amontoadas em um cubículo de não mais que 30 m2, fétido e úmido sem nenhuma condição de abrigar qualquer ser mesmo que esse tenha praticado delito, sem dignidade do profissional de segurança pública desenvolver seu trabalho naquele local. A pedidos nos deslocamos até o prédio ao lado conhecido como CT, tambem no centro de Curitiba, este com capacidade para 50 presos, contava naquele momento com 177 presos nas mesmas condições daqueles que estava na central, logo ao lado do CT está a delegacia de Vigilância e Capturas que não tem celas mas estava custodiando 12 presos em um cômodo comum sem ventilação e iluminação. Esse é um triste exemplo da atual situação da centenária PCPR. É a realidade que políciais civis e comunidade vivem em relação a nossa polícia civil do Paraná, hoje temos um Mini presídio no centro da capital do Paraná que abriga de forma desumana e ilegal 329 presos. Como cidadãos, não podemos permitir que uma má gestão destrua a história de uma instituição centenaria que sempre atendeu as demandas do cidadão e hoje é tratada com irresponsabilidade por parte de seus gestores e governo e, digo parlamentares estaduais são também responsáveis por grave ameaça que pode levar a PCPR ao fim.
Lamentável como os Governos estão tratando a Polícia Civil. Na cidade de Rebouças os presos estão custodiados em Delegacia de Polícia desde o surgimento da cidade por volta dos anos de 1935. O Policial Civil, uma das mais nobres profissão que conheci e pela qual vivo, não tem insalubridade, não recebeu instrução para guarda e custódia de preso, responde a processo administrativo e criminal quando há fugas, mas não é o maior prejudicado. O maior prejudicado é a própria população que não vê as investigações sendo realizadas. Somos especialistas na investigação e a sociedade precisa de nós, só quem ainda não viu isso foram os governantes. Mas temos a obrigação legal e moral de lembra-los agora nas próximas eleições.
Só um “contraponto” ao colunista… Apesar da intenção da notícia ser fidedigna ao informar o cidadão da situação absurda que vive a Polícia Civil, é importante nos atermos à conceituação correta das coisas.
Ao anunciar a notícia como “cadeias superlotadas” o colunista ignora a função das unidades policiais, que são DELEGACIAS! E aí eu te digo, cadeia pública é cadeia pública e delegacia é delegacia.
DELEGACIA DE VIGILÂNCIAS E CAPTURAS – DVC
1° DELEGACIA DE POLICIA DA CAPITAL – 1° DP
Centro de Custódia de Piraquara – CCP (Essa sim, CADEIA PUBLICA)
Portanto, ao abordarmos o problema tratando corretamente delegacias como delegacias e não mais como “cadeias”, a gravidade do problema será melhor entendida pela opinião pública.
Importante frisar que, tecnicamente, delegacias não possuem “cadeias” ou “presídios”, mas sim carceragem provisória.
Que absurdo e nos todos distraídos com o mal que já foi feito, quando podíamos mesmo estar focados em atender essa situação, pois ali o mal maior ainda pode ser evitado.dona Cida da um tempo nos escândalos do seu governo e faz algo concreto pela segurança pública. Que tal um mutirão do judiciário, esse povo do passeia e escreve e-mail bonito, mas pra trabalhar valendo mesmo em prol da Just tem só uns gato pingado, o restante fica debruçado na mesa avisando as idéia é esperando o salário polpudo chegar e cheio de vale moradia pra quem tem casa, vale creche pra quem não tem filho pode? Pouca vergonha não trabalharemos em prol de promover paz.
Se em Curitiba está assim, imagine no interior. Infelizmente, Policial Civil passa mais tempo como “babá de preso” do que na rua investigando crimes, isso no mínimo uns 20 anos ocorre e ninguém faz nada.
Pior, criam medidas pra lá de enganadoras, tipo apenas passar a custódia dos presos para o Depen e o local das cadeias serem ao lado das delegacias, quem acaba com o pepino é a Civil.