A exoneração e recondução, para o mesmo cargo em menos de 48 horas, do diretor do DER, Nelson Leal, foi uma tentativa clara de um dos principais assessores do governador Beto Richa para ampliar seus domínios. O objetivo era ter o controle sobre as licitações de obras rodoviárias que vão consumir a maior parte dos R$ 760 milhões do empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que acaba de ser aprovado.
A trama foi bem montada: o assessor levou ao governador, como se fora verdadeiro, a informação que Nelson Leal queria trocar o DER pela Agência Regulatória do Paraná (Agepar). Beto Richa não viu nada de estranho na decisão e deu o sinal verde para a mudança.
Como o mundo é dos espertos, o assessor já tinha no bolso do paletó elegante o nome do engenheiro Paulo Tadeu Dziedricki e ele mesmo se encarregou de cuidar do assunto. Ligou para Nelson Leal, informou sobre a mudança e deu o assunto por encerrado.
Pego de surpresa, o diretor do DER ficou estupefato. E em busca de maiores informações sobre sua exoneração, encontrou nesse Contraponto a notícia da própria exoneração e a consequente nomeação do substituto Dziedricki.
Imediatamente ligou para o governador Beto Richa, explicou a situação e informou que jamais havia pensado em mudar de cargo. Foi reconduzido ao DER na hora e ninguém mais tocou no assunto. Nem o assessor, que viu a possibilidade de controlar o setor mais endinheirado do governo, ir por água abaixo.
Atos corriqueiros de governos, às vezes, podem esconder tramas inimagináveis quando se trata de grandes recursos.
Como tem gente distante né? …… Ou seriam invisíveis?
Tempos atrás foi um primo, depois um amigo, agora um assessor “distante” do governador …Como canta Paulinho da Viola: dinheiro na mão é vendaval, é vendaval.
Como é o nome desse assessor?