O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou nessa segunda-feira (18) a demissão do serviço público do procurador da República Diogo Castor de Mattos, acusado de financiar, via terceiros, um outdoor em defesa da Lava-Jato. Castor era integrante da força-tarefa da operação. O outdoor foi colocado na lateral de uma saída do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O placar ficou empatado em 5 a 5, mas o vice-PGR, Humberto Jacques de Medeiros, deu o voto de minerva favorável à punição. A demissão, porém, não é imediata. O procurador ainda poderá recorrer administrativamente ao próprio CNMP, e judicialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso mantida a decisão, será aberta uma ação civil para formalizar a demissão.
Ao abrir o processo administrativo disciplinar, em setembro do ano passado, o corregedor nacional, Rinaldo Reis, apontou indícios de “improbidade administrativa” na conduta do procurador.
Castor admitiu ter pago a confecção do outdoor, mas disse não saber por que o contrato saiu em nome de José Carlos Queiroz Barbosa — pessoa sem relação com o caso.