Por Claudio Henrique de Castro – No início de 2020, o presidente Trump desenterrou uma lei da Segunda Guerra Mundial chamada Lei de Proteção à Defesa, permitindo ao governo de Washington apreender qualquer remessa de mercadorias importantes para a segurança nacional. Trump faz uso pesado disso.
Compradores brasileiros, nomeados pelo governador do Estado Federal da Bahia, compram 600 dispositivos de respiração artificial do tipo New Port HT 7-Plus de uma empresa chinesa no início de março. O avião de carga que transporta os dispositivos faz uma parada técnica em Miami. O governo dos EUA apreendeu a carga.
O sequestro de carga, quebra de contratos, fraudes, ameaças e chantagens continuam inabaláveis. O Brasil é, depois dos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia. Oentão ministro da Saúde, encomendou da China e pagou 200 milhões em máscaras.
Em meados de março, as máscaras são armazenadas no aeroporto chinês até sua entrega via Argentina. Foi então que 23 aviões de carga americanos apareceram no céu. Os agentes que transportam negociam o desvio da carga no local por um preço muito mais alto. O empresário chinês, encontrando sua conta lá, imediatamente quebrou o contrato com os brasileiros e as 200 milhões de máscaras foram enviadas para os Estados Unidos.
Na licitação do sistema digital 5G o Brasil recebeu uma ameaça direta do embaixador Todd Chapman que o Brasil enfrentará consequências caso a chinesa Huawei forneça os equipamentos necessários para as novas redes.
Em novembro de 2018 Bolsonaro bateu continência para bandeira norte-americana e para John R. Bolton, conselheiro de segurança nacional de Trump.
Bolton, quando foi subsecretário de estado de Bush, ameaçou os filhos do diplomata brasileiro José Augusto Bustani, que ouviu dele: “nós sabemos onde vive seu filho e onde está sua filha”.
Quatro anos depois de saber que 29 telefones da Presidência da República, Petrobrás e Itamaraty foram grampeados pelo governo dos EUA, Bolsonaro, Moro e o filho Eduardo (zero três) visitaram a CIA e o FBI.
Trump não tem cachorros de estimação, mas se os tivesse, certamente, eles receberiam a continência do atual governo.
O que falta ao chanceler (chãochulé) Ernesto Araújo e a Bolsonaro?
Ler algumas linhas da obra do Barão do Rio Branco:
“Não venho servir a um partido político: venho servir ao nosso Brasil, que todos desejamos ver unido,íntegro, forte e respeitado.”Discurso pronunciado na sede do Clube Naval, em 1 de dezembro de 1902.
Fontes:
https://www.youtube.com/watch?v=wPEgwHJ3t5c
https://www.youtube.com/watch?v=mbrIQwT0Yl8
http://funag.gov.br/loja/download/978-Obras_do_Barao_do_Rio_Branco_IX_discursos..pdf