Depois de Carlos Bolsonaro afirmar que democracia faz mal ao desenvolvimento, bastaram dois dias para que o chanceler Ernesto Araújo também aparecesse com um discurso igualmente bizarro. Segundo disse em Washington para uma plateia conservadora nesta quarta-feira (11), está em voga um “alarmismo climático” usado pelo “sistema político” como forma de reação ao governo Jair Bolsonaro.
Comparou este “climatismo” aos discursos do passado que pregavam “justiça social” como pretexto para para ditaduras e “agora estão fazendo o mesmo com o clima”, citando as queimadas na Amazônia como motivo para pedidos de boicote internacional a produtos brasileiros. “Parece a justiça stalinista para mim: acusar, executar. Aí você diz: onde está a justiça? Onde está o Estado democrático? As pessoas respondem ‘crise climática, cale-se’”.
O discurso aconteceu 13 dias antes da primeira participação de Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na qual o líder brasileiro deve ser questionado por outros países sobre a situação da Amazônia e a condução de políticas ambientais durante sua gestão.
O ministro sugeriu que a imprensa, a qual vê como parte do que chama de “sistema”, influencia empresas e tomadores de decisão que optaram pelo boicote a produtos brasileiros em meio à crise ambiental.
Araújo usou conceitos difundidos pelo pilar ideológico do governo Bolsonaro, inclusive pelo escritor Olavo de Carvalho – como as críticas à esquerda, ao “globalismo”, ao “marxismo cultural” e à imprensa. Para o ministro, questionamentos aos governos de Bolsonaro e de Donald Trump, nos Estados Unidos, são uma reação por ambos não fazerem parte do “sistema”.
“Trump e Bolsonaro são parte da mesma insurgência, que eu chamaria de insurgência universal contra a besteira. (…) O que mobiliza brasileiros, ‘brexiters’ e eleitores americanos? É uma revolta contra ideologia”, disse Araújo. Segundo ele, a insurreição é uma percepção de que “estávamos sendo desprezados por uma elite que tenta nos governar em nome da justiça social, ou da integração europeia, ou de um mundo sem fronteiras ou do progresso”.
Durante cerca de uma hora, Araújo disse que “o ponto do climatismo é acabar com o debate democrático” e que “nem comer carne é permitido mais”. Com citação crítica a Antonio Gramsci, Bertolt Brecht e Rosa Luxemburgo, o ministro falou sobre stalinismo, socialismo, religião, histórica e a importância de “símbolos”.
“Depois de todas as experiências ruins no mundo sobre socialismo, como alguém pode sonhar em impor controle socialista da economia em um país como os EUA? Nunca através do debate democrático, é claro, somente através de uma declaração de emergência. Então ‘crise climática’. Como alguém em tempos de paz pode sonhar em quebrar a soberania de um país como o Brasil dizendo que a Amazônia está em chamas? De novo por causa de ideologia, dessa reclamação de crise climática, ‘vamos salvar o planeta’”, disse Araújo. “O clima se tornou o silenciador do debate”, afirmou.
Durante cerca de uma hora, Araújo disse que “o ponto do climatismo é acabar com o debate democrático” e que “nem comer carne é permitido mais”. Com citação crítica a Antonio Gramsci, Bertolt Brecht e Rosa Luxemburgo, o ministro falou sobre stalinismo, socialismo, religião, histórica e a importância de “símbolos”.
Segundo ele, o maior desafio que “nossa civilização enfrenta” é a ideologia. “Qual o maior desafio que nossa civilização enfrenta? Algumas pessoas dirão ‘mudanças climáticas’ e isso absolutamente não é verdade”, disse Araújo, que emendou afirmando que não tem certeza se as mudanças climáticas são efeito da ação humana. Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 26 países em 2018, mostra que há uma concordância mundial de que as mudanças climáticas são um risco real. Em 13 dessas nações, mudanças climáticas são colocadas em primeiro lugar na lista de ameaças globais.
Araújo argumentou que há uma “hipnose coletiva” produzida pelo “sistema”. “Quando se fala a palavra ‘nação’, a multidão hipnotizada diz ‘não, não, mau, Hitler”.
Tá explicado o porquê dos países civilizados criarem barreiras comerciais ao Brasil!
Já que ele é capaz de ler sobre os comunistas, ele também deveria dar atenção a Darwin e a diversidade e entender como o fogo destrói uma espécie que a natureza levou 1000.000 anos para disponibilizar no ambiente.