No mesmo dia em que os deputados estaduais retomam os debates sobre a organização e o funcionamento dos mercados de produtos alimentares geridos pelas Centrais de Abastecimento do Paraná S/A (Ceasa), produtores da Ceasa de Curitiba fizeram, na manhã desta segunda-feira (24), protesto contra a decisão da entidade de permitir a abertura de espaços para comercialização apenas três dias na semana. Antes, segundo os manifestantes, eram possível vender produtos todos os dias.
Segundo projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), prevê que a utilização do espaço para pessoa jurídica será admitida após realização de processo licitatório. O prazo de permissão é de 25 anos. Já para a pessoa física, a utilização do espaço será admitida desde que comprovada a condição de produtor rural individual, podendo este estar organizado em associação ou cooperativa. Nesta modalidade, o prazo da autorização remunerada de uso pode ser de um a até cinco anos.
O produtor rural Edemir Ferreira Granda, afirmou disse à Rádio Banda B que sempre houve a possibilidade de vender os produtos na Ceasa todos os dias da semana. “Agora nos impedindo e fizeram a gente assinar um documento com os dias que a gente vai até lá. Antes era todo dia, agora não posso mais ir na segunda e na quinta”, alegou.
De acordo com Edemir, isso trará um enorme prejuízo aos produtores. “Está todo mundo revoltado, porque no meu caso tenho dois carregadores que trabalham comigo e também vão ser afetados, além das famílias que trabalham na roça e vou ter que cortar o dinheiro deles. Falam que não tem espaço para mais produtores, mas acho que a Ceasa tem como aumentar para atender isso”, destacou.