As quatro principais associações que congregam policiais militares da ativa e inativos do Paraná lançaram esta noite (domingo, 3) Carta Aberta em que manifestam “desapontamento” em relação “às recentes nomeações para a Secretaria de Estado da Segurança Pública”. Referem-se à nomeação assinada pelo governador Ratinho Jr. de um oficial do Exército para o posto de secretário (coronel Rômulo Marinho) e de outro coronel (Pedro Stonoga) para a diretoria-geral em detrimento de nomes da PMPR.
A Carta Aberta é subscrita pela Associação dos Oficiais Militares e Bombeiros do Paraná (Assofepar), Associação da Vila Militar (AVM), Associação de Defesa dos Direitos de Policiais Militares Ativos e Inativos (Amai) e pela Sociedade Beneficente dos Subtenentes e Sargentos (SBSS).
O documento lembra que os militares estaduais representam mais de 70% do efetivo policial do estado e serem os únicos profissionais de segurança pública presentes em todos os 399 municípios do Paraná e reponsáveis pela grande maioria dos atendimentos de emergência da população. Apesar disso, “foram relegados a segundo plano, por ocasião da composição da SESP”, afirma a Carta.
Por fim, as associações afirmam que realização várias reuniões conjuntas nos próximos dias, “especialmente com autoridades do Poder Executivo e Legislativo” e que manterá “vigilância permanente para que a segurança da população não seja prejudicada”.
BASTIDORES DA SITUACAO
Desde o ano passado, o Gen Carbonell, ao ser indicado a SESP, ja se manifestou para acabar com a Casa Militar. conseguiu e hoje esta la um Major enfraquecido, ocupando o lugar que deveria ser de um coronel, que com o tempo ganha proximidade ao Governador e passa a ser um assessor especial, principalmente para os momentos de crise como esta na segurança. Para isso teve apoio dos oficiais que estavam na campanha do governador, os quais, míopes, pois não enxergavam o papel da Casa Militar, deixaram isso acontecer. Salvou-se a Defesa Civil, que esta a cargo de um Coronel do Bombeiro. Ate os atos do atual chefe da casa militar, que envolvem ordenação de despesas, por exemplo, licitações, entre outros, estão sujeitos a serem questionados, pois a lei de organização básica da Pm ainda esta vigorando e declara expressamente que tal função e exclusiva de coronel da PM. Ou então mudem a lei, pois o principio da legalidade previsto no Art. 37 da CF esta sendo violado.
Para os atentos aos atos de nomeações, da para ver que o mais próximo ao Governador e o Capitao Diego, assessor FG2. Ganha mais que o próprio chefe da casa militar. Isso quebra a hierarquia.
O Coronel Marinho foi pavimentando o caminho para ser o SESP. Porque o governador daria espaço para um assessor de seu gabinete se meter em assuntos de segurança como ele fazia? Certamente que estava planejada, acho que ja estava desenhada, so não se viu assim.
Nao se pode ter nada contra o Cel Marinho, e nem contra a escolha do governador, ate porque muitos o conhecem e também sua fama nos círculos mais altos do Quartel do Pinheirinho. Agindo assim, a responsabilidade pelos erros e desacertos passam a ser todos do governador, que poderá ter que demitir seu SESP, em pouco tempo, caso os resultados piorem na área. Poderia o governador ter escolhido um Delegado da Civil e um Coronel da PM, como todos desejavam e ter se livrado desse abacaxi, passado a responsabilidade para as policias. Mas trouxe a responsabilidade pra dentro do seu gabinete. Isto e so um ponto de vista. Sabemos como o Cel marinho chegou a SESP, so não erre. Os erros nessa área costumam ser doloridos, deixar muitas sequelas e demorarem muito tempo para serem consertados.
Outra coisa Coronel Marinho, nem você e nem os coronéis do EB que estão ai entendem de policia e de operações policiais. Pelo menos seja humilde e leve quem conhece do assunto. E, como pedem as associações, o mínimo e que você coloque oficiais da PM no primeiro escalão da SESP, dentro do seu gabinete, pois o comando da PM precisa de portas abertas e de interlocucao que faca as demandas da PM andar. Se a PM nao tiver meios e demandas atendidas você nao dura seis meses na cadeira.
Teria cabimento a “segurança da população ser prejudicada”? Já não está o suficiente? É só problema de secretário ou dos comandos da corporação ? Quem acredita que governantes cumprem o que pregam nas campanhas ? Depois que assumem atendem seus umbigos. Portanto, o país espera que cada um cumpra o seu dever.