A carne fraca de Serraglio

O deputado Osmar Serraglio (PMDB) foi um dos três paranaenses que não votaram na sessão desta quarta-feira (2) em que a Câmara decidiu barrar a autorização para o processamento de Michel Temer pelo STF.

A atitude já era esperada. Serraglio ainda não superou o trauma de ter sido defenestrado por Temer do ministério da Justiça semanas após ter sido citado na Operação Carne Fraca por envolvimento no esquema de propinas coordenado pelo então diretor do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho.

Sua exoneração ocorreu em má hora: como voltou a ocupar a cadeira de deputado, seu suplente, Rodrigo Rocha Loures acabou perdendo o foro especial que poderia tê-lo protegido após ter sido filmado em São Paulo carregando uma mala recheada com propina da JBS.

Embora até pudesse rir por dentro, Serraglio certamente não superou a mágoa da demissão do ministério da Justiça. Como o PMDB fechou questão na votação de ontem, obrigando toda a bancada a votar em defesa de Temer, Serraglio não quis passar pelo constrangimento de integrar a tropa. Melhor se ausentar.

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