Carnaval de rua de Curitiba tem atrações para todos os gostos

 

Para todos os gostos e idades, o Carnaval de Curitiba tem de tudo e chega com força após dois anos de pandemia. Um dos destaques da programação são os blocos carnavalescos, que abrem os desfiles na Rua Marechal Deodoro, sábado e domingo (18 e 19/2), a partir das 18h.

Os desfiles contam com a participação de nove blocos, mostrando muita diversidade, homenagens e representatividade, e atraindo públicos de diferentes religiões, cores e idades. Saiba mais um pouco de cada um deles.

Afoxé

Ao som de agogôs, atabaques e xequerês, o bloco Afoxé entra na rua às 18h de sábado (18/2). O grupo é um dos mais antigos de Curitiba, com sua origem na década de 1970, onde se reuniam na Praça Tiradentes e caminhavam em direção à Marechal Deodoro e à Rua XV de Novembro.

A maioria dos integrantes é praticante de religiões de matriz africana como candomblé e umbanda. O grupo também é conhecido como candomblé de rua e abre o desfile “limpando” e abençoando a avenida para que não ocorram incidentes. Segundo a coordenadora, a yalorixá Josianne D’Agostini de Ossosi, neste ano o grupo pretende homenagear a própria tradição do Afoxé.

“Durante a apresentação serão homenageados 32 sacerdotes que fizeram a passagem para o orun (céu) nos últimos dois anos de pandemia. Vamos homenagear os sacerdotes que iniciaram a tradição afoxé na década de 70. A estimativa é de 500 participantes este ano”, adianta Josianne.

Bloco Púrpura

Em seguida, às 18h40, entra em cena o Bloco Púrpura. O grupo surgiu em 2019 para valorizar a comunidade LGBTQIA+, trazendo visibilidade e levando a cultura da comunidade.

Neste carnaval, o grupo decidiu homenagear as drag queens. O bloco conta com quatro alas diferentes: a comissão de frente, ala dos destaques, ala das drags e a ala dos convidados. Quem se identificar com alguma das alas pode se juntar ao bloco durante a concentração e desfilar na avenida.

Boêmios e Madames

O grupo foi criado em fevereiro de 2018 após madame Lu Ferreira participar do bloco paulista Boêmios da Madame. A missão do bloco é unir e preservar as raízes do samba. O curitibano Boêmios e Madames se apresenta no sábado (18/2), às 19h20.

Rancho das Flores

Com mais de 30 anos de história, o Bloco Rancho das Flores se apresenta mais uma vez na Marechal Deodoro às 20h, tradicionalmente abrindo o desfile das escolas do grupo especial.

Com a participação de foliões com mais de 60 anos, atendidos pelos programas da Fundação de Ação Social (FAS) da Prefeitura de Curitiba. Mais de 300 integrantes, o Rancho das Flores contribui e valoriza a cultura popular, além de dar oportunidade para pessoas idosas participarem das festividades carnavalescas.

Elas Clube

O grupo foi fundado em 2003 por mulheres, com a intenção de resgatar a tradição de antigos carnavais. Neste ano, o grupo realiza seu tradicional corso com carros antigos decorados e seus ocupantes fantasiados. A apresentação acontece às 18h e abre os desfiles de domingo (19/2).

Unidos de Judá

No domingo, às 19h20, entra em cena o bloco Unidos de Judá. Nas cores azul e branco, o grupo evangélico vem com mensagens de amor e fé, manifestando o respeito à diversidade religiosa e cultural, principalmente dentro do Carnaval.

EcoOrquestra

Nas cores verde, azul, rosa e laranja, a EcoOrquestra se apresenta na avenida às 20h do domingo. Com mais de 20 anos de história, o grupo foi idealizado pelo professor Leandro Leal. Os instrumentos, adereços, figurinos, cenários e alegorias são construídos com material reciclado.

Segundo Leandro Leal, o grupo divulga a história da cidade e também incentiva ações sustentáveis. “Homenageamos personagens de Curitiba, do Paraná e demais regiões, que fazem arte, cultura e outras ações com reciclagem”, explica o professor.

Pretinhosidade

Resgatando as raízes do carnaval, o grupo Pretinhosidade exalta a cultura negra. O bloco foi oficialmente criado em 2018, porém a ideia surgiu em 2013 durante o carnaval da Marechal Deodoro. O grupo tem cerca de 200 integrantes e, além do samba, discute pautas sociais importantes e ressalta a ancestralidade da comunidade afro de Curitiba. A apresentação acontece às 20h.

Fogosa

Fechando com chave de ouro, às 20h40 tem o desfile do bloco Fogosa. O grupo surgiu em 2018 e é primeiro bloco queer com sonoridade do hip hop a se apresentar no carnaval de Curitiba. O Fogosa nasceu com o desejo de incluir na programação do carnaval a diversidade como um todo, atraindo diversos públicos. (SMCS)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui