Câmara precisa de investigação geral

Um ex-servidor que conheceu todos os meandros e desvãos da Câmara Municipal de Curitiba por mais de quatro anos, afirma que o ex-vereador Custódio da Silva é um injustiçado, praticamente um Mandela na ilha Robben. Ele explica textualmente:
Todos da Câmara sabem que a maioria dos vereadores fica com parte dos salários de seus funcionários. Alegam que, por falta de verba de gabinete, precisam de recursos para manter estruturas, serviços e despesas nos bairros. Almoços, aluguéis, prendas para festinhas de igreja, cafés para as senhoras do baile da terceira idade e etc. E por isso sequer ruborizam na hora de pedir parte dos salários dos funcionários.
Verifiquem os saques bancários deles logo após o depósito do salário. Notarão que haverá um valor repetido todo mês (geralmente alto). Essa é a parte do leão. Quebrem o sigilo dos vereadores e chefes de gabinete. Observem que o mesmo valor que saiu de lá, entrou aqui no mesmo dia ou alguns depois. Todos os meses. Assim funciona, antes e depois do injustiçado Custódio – o vereador que pegou cadeia por anos por ter feito a mesma coisa que os outros fazem impunemente.
Diante do que descreve o ex-servidor, não custaria nada o Ministério Público lançar seu olhar sobre toda a Câmara de Curitiba e não apenas sobre casos isolados denunciados por funcionários revoltados com os métodos.

 

2 COMENTÁRIOS

  1. Todos estamos careca de saber que a prática é antiga, porém, existem vistas grossas. Recebem salários e o cartão e a senha fica com quem? Como dizem são cargos de confiança e deve estender ao salário. Devolvendo para o que acha que é o verdadeiro “dono”. A plantação de laranja não está somente na câmara, mas, também, já tivemos denúncias de acontecer na assembléia legislativa. A punição só irá ocorrer se alguém denunciar, e, são poucos que tem coragem. A questão enfim, é acabar com estes cargos, instrumento que favorece tal conduta. Todos serem concursados sem o vínculo com políticos oportunistas.

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