Câmara abrirá sindicância sobre o caso da vereadora Fabiane, que pode ser expulsa do PSD

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) vai abrir sindicância para apurar o caso de repercussão na imprensa envolvendo a vereadora Fabiane Rosa (PSD), presa preventivamente nessa segunda-feira (26) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob acusação de praticar “rachadinha”.

Ao mesmo tempo, a executiva municipal do PSD reúne-se na segunda-feira (3) para analisar pedido de expulsão da vereadora Fabiane. A representação contra ela foi protocolada no dia 9 de julho pelo filiado Éder Borges, antes de estourar a denúncia de que a parlamentar se apropriava do salário de servidores públicos, e refere-se a infidelidade partidária e prática de nepotismo.

Barganha – Segundo Borges, a vereadora teria barganhado com o prefeito Rafael Greca (DEM)  um alto cargo na administração municipal para seu marido em troca de votos favoráveis a gestão atual na CMC. Além disto, o filiado apresentou provas de que, mesmo o partido tendo candidatura própria, Fabiane Rosa coagia servidores da Câmara para se integrarem na pré-campanha do prefeito. Fabiane filiou-se no último prazo de mudanças partidárias ao PSD, acompanhando o vice prefeito Eduardo Pimentel que também aderiu à sigla e era considerada uma espécie de “braço avançado” de Greca no partido. A defesa da vereadora nega as acusações.

Sindicância – A Mesa diretora da CMC requereu ao corregedor “a instauração de sindicância, a fim de promover investigação interna, de natureza inquisitorial, para apurar os fatos, supostamente ilícitos, que envolvam a vereadora citada”. O documento é assinado pelo presidente Sabino Picolo (DEM), pelos vice-presidentes Tito Zeglin (PDT) e Dr. Wolmir Aguiar (Republicanos) e pelos secretários Colpani (PSB), Professor Euler (PSD), Noemia Rocha (MDB) e Maria Letícia (PV).

A decisão, embasada no artigo 22 do Código de Ética e Decoro Parlamentar da CMC, que permite a instauração da sindicância a partir de requerimento da Mesa, leva em consideração notícias divulgadas pela imprensa de suposta prática de atos de improbidade administrativa pela vereadora e o fato de um mandado de busca e apreensão ter sido cumprido no gabinete da parlamentar nas dependências do Legislativo municipal.

Responsabilidade – O documento esclarece que a Câmara não recebeu nenhuma denúncia referente à vereadora Fabiane Rosa: “inexiste procedimento formalizado à esta Casa que especifique os fatos imputados à vereadora com indicação de provas”.

A Câmara de Curitiba informa ainda que a responsabilidade pelo mandato e as atividades inerentes às funções são dos próprios vereadores, que já forneceu todas as informações solicitadas pelo Ministério Público do Paraná e que permanece colaborando com as investigações.

 

 

 

1 COMENTÁRIO

  1. Será que agora Gaeco vai investigar o marido da procuradora geral – paulo palácios – que está lotado no gabinete do Vereador Serginho em claro nepotismo cruzado ao colocar o irmão desse vereador com um cargo gordo no Poder Executivo?

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