BRDE terá R$ 300 milhões para fomentar desenvolvimento do Paraná

Projetos prioritários para o desenvolvimento do Estado contarão com recursos de R$ 300 milhões do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico do Extremo Sul (BRDE). O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o diretor de Operações da agência paranaense do BRDE, Wilson Bley Lipski, lançaram nesta terça-feira (17) o Promove Sul, um fundo rotativo permanente para o apoio de projetos em diversas áreas.

Os recursos serão destinados ao financiamento de projetos ligados às áreas de energias renováveis, inovação, turismo, expansões consideradas grandes geradoras de emprego, bovinocultura, agricultura familiar e agroindústrias, micro e pequenas cooperativas, micro, pequenas e médias empresas, armazenagens, Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões

Ratinho Junior destacou que as entidades financeiras do Estado, como o BRDE e a Fomento Paraná, são fundamentais para dar suporte à economia e ao desenvolvimento. “Neste momento em que enfrentaremos uma crise, com pelos menos quatro meses de muita tensão na economia, as instituições financeiras serão mais importantes do que nunca para fazer com que o impacto seja o menor possível”, disse.

“Essas instituições atuarão para alavancar os investimentos e aportar recursos para o pequeno agricultor, o comércio e o turismo, setores da economia que são estratégicos para a geração de emprego”, afirmou o governador. “O nosso foco para o BRDE é justamente criar linhas de crédito facilitadas, com juros baixos, para fazer com que o dinheiro chegue para quem produz e gera emprego. Será o momento de pisar no acelerador para apoiar a economia”, destacou.

Recursos próprios – O Promove Sul é composto por recursos próprios do BRDE. De acordo com o Bley, o banco reavaliou toda a política de concessão de crédito e separou R$ 900 milhões do fluxo financeiro – R$ 300 milhões para cada estado do Sul – para constituir o fundo, que vai apoiar estratégias próprias para o desenvolvimento dos estados.

No Paraná, o fundo vai apoiar, além de outras áreas, o Banco do Agricultor Paranaense. “No Paraná, haverá um direcionamento para as áreas de inovação, turismo e agricultura. Tão logo tenhamos a lei com o equacionamento dos juros, utilizaremos esse fundo para apoiar a agricultura do Estado”, explicou Bley. “Desta forma, conseguimos apoiar de forma mais contundente o desenvolvimento econômico dos estados”, disse.

Trator solidário – Na solenidade, o BRDE também renovou o convênio com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento para o programa Trator Solidário, que possibilita o financiamento com preços mais acessíveis de tratores, pulverizadores e colhedoras para agricultores familiares paranaenses.

Criado em 2007, o Trator Solidário já financiou cerca de 13 mil maquinários agrícolas para pequenos produtores paranaenses. O programa é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater, Fomento Paraná, agentes financeiros e cooperativas de crédito, além de fabricantes de implementos, equipamentos, tratores e máquinas agrícolas.

Os equipamentos adquiridos por meio do programa têm redução entre 15% e 20% no valor em relação ao preço de mercado. Só no ano passado, o Trator Solidário proporcionou economia de cerca de R$ 17 milhões para os agricultores familiares paranaenses. Eles adquiriram 820 máquinas agrícolas entre tratores, pulverizadores e colhedoras. O valor é resultado do desconto negociado pelo Estado com as fabricantes e concessionárias.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, explicou que o BRDE é o agente articulador, financiador e apoiador do Trator Solidário, que permitiu a entrada das cooperativas de crédito como agentes financeiros do programa. “Ele cumpre um bom papel ao permitir que o agricultor familiar acesse equipamentos modernos e mais eficientes ao menor preço do Brasil”, disse.

A renovação possibilitará grandes avanços ao programa, entre eles a expansão do número de agentes financeiros, com a entrada da Credialiança, que se junta ao BRDE, Fomento Paraná, Cresol e Sicredi no processo de contratação, visando abranger um número cada vez maior de produtores rurais. “Criamos uma capilaridade no Estado junto com esses parceiros, que permitiu chegar a 7 mil agricultores familiares, que são nossos clientes no programa”, explicou o diretor do BRDE. (AEN).

 

 

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