BRDE cria linha de R$ 215 milhões para financiar audiovisual e setor de jogos eletrônicos

Com foco em financiar projetos de novas tecnologias e soluções de acessibilidade para o setor audiovisual, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) anunciou uma linha de crédito de R$ 215 milhões para projetos de infraestrutura para a indústria de jogos eletrônicos.

Os recursos têm origem no Fundo Setorial de Audiovisual (FSA) e na Agência Nacional do Cinema (Ancine). A novidade foi divulgada durante um workshop que o banco realizado no South Summit Brasil, em Porto Alegre (RS).

A linha de crédito oferece taxas bastante atrativas e terá o BRDE como operador exclusivo. “Desde 2016 não há uma linha de crédito com foco nos games”, disse a gerente de Desenvolvimento de Mercado da Ancine, Fabiana Trindade.

O presidente do BRDE, Wilson Bley, comemorou a parceria. “Vamos avançar nos detalhes técnicos das propostas com a expectativa de entregar o que a Ancine encomendou. Isso reforça institucionalmente o BRDE como bom gestor de fundos e parceiro do governo federal na execução de políticas públicas para fazer as aproximações nos estados onde atua”, afirmou. Empresas interessadas já podem encaminhar solicitações através do site do banco.

O fortalecimento na produção dos jogos digitais, um dos ramos com maior adesão junto aos jovens, é uma das tendências de mercado.

O mercado de jogos eletrônicos deve movimentar US$ 196 bilhões neste ano em todo mundo. As projeções são de alcançar US$ 219 bilhões até 2024, se consolidando como maior segmento entre as indústrias do entretenimento, superando inclusive o que a música e o cinema faturam juntos.

Mesmo sendo o 5º mercado consumidor mundial, o Brasil ocupa a 13ª posição como produtor de games, motivo pelo qual o País viu crescer em 600% as importações de jogos no ano passado.

Audiovisual  – A analista de Operações do BRDE do Paraná, Patrícia Marquart, também apresentou alguns aspectos que envolvem as operações de crédito para o setor audiovisual como um todo. Ela destacou que o banco há dez anos é parceiro operacional do FSA, inicialmente atuando em investimentos na produção (R$ 7 bilhões no total).

Em razão dos efeitos da pandemia, o banco registrou R$ 125,9 milhões em operações de financiamento de uma linha emergencial, em especial para capital de giro. “Na soma com as operações do BNDES, foram R$ 323 milhões em financiamentos emergenciais para o setor audiovisual do País, o que permitiu que as empresas enfrentassem despesas de folha dos funcionários e evitar demissões”, afirmou.(AEN; foto: divulgação)).

 

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