Brasil e Paraguai avançam em acordo sobre Itaipu

As chancelarias do Brasil e do Paraguai avançaram nas negociações para a construção de uma solução sobre a contratação da potência de Itaipu até 2022. As altas partes se reuniram nesta quinta-feira (11), na usina de Itaipu. Uma nova reunião deve ser agendada em breve para finalizar as negociações.

As discussões ocorrem porque a Eletrobras e a Ande (estatal paraguaia) não chegaram a um acordo sobre a contratação de potência de Itaipu para 2019. Sem esse entendimento, alguns compromissos da Itaipu poderão ser prejudicados, como o pagamento dos royalties aos dois países, a dívida da construção e, até mesmo, a remuneração pela energia cedida pelo Paraguai ao Brasil.

A definição de um cronograma de contratação de longo prazo garantiria o recebimento das receitas necessárias para o pagamento das obrigações financeiras de Itaipu até a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, em 2023, quando a dívida estará totalmente quitada.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, a Itaipu tem papel estratégico e econômico para os dois países. Por este motivo, são grandes as chances de os governos chegarem a bom entendimento.

Segundo ele, mesmo diante desse impasse, a produção de energia elétrica da usina não está sendo afetada. Ao contrário. Segundo o diretor-geral brasileiro, “o aproveitamento da nossa matéria-prima, que é a água, está em quase 100% para a geração de energia”. E complementa: “Isso significa dizer que a missão de Itaipu está sendo cumprida plenamente no que se refere à sua atividade fim”.

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