Bolsonaro volta a insistir na liberação de quarentenas

O presidente Jair Bolsonaro voltou a repetir a tese de que o Brasil não pode continuar obedecendo à recomendação médica de adotar quarentenas e “ficar em casa” como medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus.

A afirmação foi feita nesta tarde de quinta-feira (6) ao assinar Medida Provisória que libera R$ 1,9 bilhões para compra de doses de vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford.

Bolsonaro também repetiu a tese de que, à falta de remédios específicos, as pessoas devem fazer uso de outros mesmo que não haja comprovação científica de eficácia. Citou a hidroxicloroquina entre esses medicamentos. Criticou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que não adotou este protocolo e elogiou o médico e deputado Osmar Terra – aquele que disse entender de pandemias e assegurava que a Covid-19 não chegaria a matar três mil brasileiros. Esta semana o país deve registrar 100 mil mortes.

Segundo Bolsonaro, a economia não aguenta as paralisações da atividade decretadas por gestores estaduais e municipais.

No discurso, o presidente frisou:

“Pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Não pode ficar parado, nesse ‘fique em casa’. Não dá. Desde o começo eu adotei essa linha. A gente fica triste quando vê pessoas, por decreto, proibindo determinado medicamento. Mesmo que não tenha comprovação científica, ele não mostrava outra alternativa.”

“Tínhamos um protocolo do ministro primeiro da Saúde que mandava aplicar apenas, em estado grave, a hidroxicloroquina. É jogar comprimido fora, não precisa de conhecimento nem cérebro para entender que é jogar comprimido fora. E perder vidas. Tive desentendimento, sim. Não é o que eu quero, mas muitos médicos achavam –inclusive o Osmar Terra– que a linha não era aquela.”

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