Bolsonaro sobe a rampa, Francischini desce

O presidente eleito Jair Bolsonaro vai reunir nesta terça-feira (30) em sua casa, no Rio, alguns dos principais apoiadores que trabalharam por ele antes e durante a campanha. Tem gente que está esperando a fotografia da reunião para conferir se entre os presentes vai aparecer o deputado paranaense Fernando Francischini, campeão de votos na eleição para a Assembleia e dono da grande bancada que o PSL formou.

A curiosidade repousa em indícios registrados nas últimas semanas e dias: o ex-secretário da Segurança de Beto Richa ou esteve ausente ou não foi citado em eventos pró-Bolsonaro. Observadores notaram, por exemplo, que na mensagem gravada e exibida durante grande almoço no restaurante Madalosso, em Santa Felicidade, há duas semanas, Bolsonaro não fez nenhuma referência nominal a Francischini, embora este tenha se apresentou como um dos organizadores da festa.

Mais prestígio que Francischini demonstrou ter a dupla Lupion – Abelardo, o pai, e Pedro, o filho -, recebidos dia destes com tapete vermelho na condomínio da Barra da Tijuca. Com um detalhe: ambos, pai e filho, mantêm forte amizade com o homem forte de Bolsonaro, o deputado Onix Lorenzoni, já confirmado como futuro chefe da Casa Civil da Presidência. Lorenzoni é padrinho de casamento de Pedro.

Francischini esteve presente em muitos eventos e chegou a ser mencionado como representante e articulador da campanha presidencial no Paraná. De repente, desapareceu dos acontecimentos e dos retratos – nem mesmo foi visto naquele que seria o registro da apoteose, a festa que aconteceu logo após a declaração de vitória na garage de Bolsonaro. Seu nome também deixou de ser referido como provável integrante da equipe mais próxima e, muito menos, como ministeriável. Há falatório sobre motivos que teriam levado Bolsonaro a não querer mais aproximação.

Também já não é visto na Casa Branca, o bunker do governador eleito Ratinho Jr. E, tanto quanto se sabe, a expressão por lá é de horror quando se fala que o deputado teria a ambição de ser presidente da Assembleia, sonho que acalenta por ter eleito a maior bancada partidária. O sentimento é compartilhado por outros parlamentares que conhecem bem os intestinos da política da Casa do Povo.

5 COMENTÁRIOS

  1. Francischini vai reabrir a “caixa-preta” do Judiciário. No fim de 2017 um juiz federal envolvido com a máfia dos bingos (em 2005) teve sua aposentadoria cassada por uma juíza federal do Paraná.
    E depois do conflito com os professores na ALEP em 2015 (aqueles professores temporários que queriam converter seus contratos, de dois anos, em estatutários sem concurso publico), agora vai ter que apurar o envolvimento de alguns membros do MP com atividade politico-partidaria de aparelhamento da instituição para manutenção do viés ideológico e do Poder sem alternância. Até nos “diários secretos” ele terá que mexer, ainda que tudo prescreva criminalmente. A sociedade espera uma resposta sobre os parentes encobertos por poderosos. É preciso punir quem usou e usa a maquina pública para satisfação pessoal.

  2. Vilma, deixa o homem trabalhar é slogan do Lula ta…sonora vc se situar. Além do que , vc sente ou acha que alguém poderia sentir inveja dos Lupion e ou do Francischini? Vc conhece a trajetória deles? Pesquise para saber mais, vc verá que os Lupion são oligarquia política antes da década de 50. Vc viu eles fazerem alguma coisa por vc? Seu vizinho? A temática do jornal é para mim nas entrelinhas mostrar que teremos mais do mesmo. Todo mundo que é dessa turma quer mamar um pouco, quer se auto promover um pouco. Vc já não vou isso antes? Só mudam os nomes. Ou vc acha que eles sabem quem é vc e ou se importam com vc? Ah sim, se vc e assessora, se vc é relacore públicas, se vc é leão de chacara…tá ganhando deles pra vir aqui monitorar o jornal…aí e outros 500

  3. Comentei esse assunto ontem, entre amigos. Achei estranho o Francischini viajar a passeio em pleno segundo turno e de repente, parou a ânsia e dedicação na campanha que fazia via internet.

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