“Queriam alguém lá que fosse para falar abobrinha, enxugar gelo e passar o pano?”, questionou. “Não fui ofensivo com ninguém. Assisti ao que eu falei, seria muito mais cômodo eu fazer um discurso para ser aplaudido, mas não teria coragem de olhar para a cara de vocês aqui”, disse a apoiadores no Palácio da Alvorada nesta quinta (26), reagindo às críticas que recebeu de vários setores e da imprensa nacional e estrangeira.
Em sua estreia na Assembleia-Geral da ONU, Bolsonaro fez um discurso no qual classificou como “falácia” a tese de que a Amazônia “é patrimônio da humanidade” e criticou o que chamou de “espírito colonialista” de países que recentemente questionaram o compromisso do País com a preservação ambiental.
Durante sua fala de 32 minutos, recheada de referências religiosas, Bolsonaro surpreendeu ao não adotar uma retórica conciliatória. Ele reforçou na tribuna internacional o discurso mais ideológico ao afirmar que o Brasil esteve “à beira do socialismo” e atacar adversários políticos e países como Cuba e Venezuela.
“Foi um discurso patriótico, diferente de outros presidentes que me antecederam, que iam lá para ser aplaudidos e nada além disso”, afirmou Bolsonaro nesta quinta.