Bolsonaro paz e amor, a nova face do presidente

Desde que o amigo Fabrício Queiroz foi descoberto e preso na casa do advogado Frederick Wassef, em Atibaia, na última segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro abandonara o estilo agressivo, optando pelo silêncio ou por posturas de conciliação. A face “Bolsonaro paz e amor” se revelou de maneira mais clara nesta quinta-feira (25) em pelo menos três ocasiões.

  • Pela manhã, cumpriu evento no Palácio do Planalto, com a presença dos presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; da Câmara, Rodrigo Maia; e do Senado, Davi Alcolumbre. Aproveitou para fazer um discurso em tom conciliador: deixou de lado queixas e ameaças às instituições e sinalizou um “entendimento” entre todos para levar o Brasil a “dias melhores”.
  • À tarde, Bolsonaro anunciou a nomeação do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, em substituição ao belicoso Abraham Weintraub, atualmente homiziado nos Estados Unidos. A escolha recaiu para um nome técnico, distante da ala olavista que dominou o MEC e avesso a discussões ideológicas. Foi um gesto de pacificação com o Congresso e o Judiciário, com quem o ex-ministro vivia à turras.
  • Por fim, à noite, em outra atitude que contrariou todo o discurso que até agora fazia, decidiu homenagear os mortos pela Covid-19 e lamentar as perdas. Falou pouco sobre as perdas das 50 mil vidas perdidas. Preferiu convocar um sanfoneiro para tocar e cantar uma irreconhecível “Ave Maria”, aparentemente a de Franz Schubert. Logo depois, anunciou a extensão da ajuda emergencial por mais três meses para os que perderam renda e emprego durante a pandemia.

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