O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta quinta-feira (2), durante entrevista ao vivo à Rádio Jovem Pan, de São Paulo ,que nenhum de seus ministros é indemissível e citou o caso do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com quem “está se bicando já há algum tempo”. Disse o presidente:
– Olha, o Mandetta já sabe que a gente esta se bicando há algum tempo. Não pretendo demiti-lo no meio da guerra. Em algum momento ele extrapolou. Respeitei todos os ministros, ele também. A gente espera que ele dê conta do recado. Tenho falado com ele. Ele está numa situação meio… Se ele se sair, bem, sem problema. Nenhum ministro meu é indemissível.
Bolsonaro disse que, “em alguns momentos”, Mandetta teria que “ouvir um pouco mais o presidente da República”.
– Ele (ministro) tem responsabilidade, sim. Ele cuida da Saúde, o Paulo Guedes cuida da Economia, e eu entro aqui no meio para cuidar das duas áreas – disse.
Em seguida, reforçou não ter nenhum problema com o ministro da Economia, mas disse que “Mandetta quer fazer a vontade dele muitas vezes”. E emendou:
– Pode ser que ele esteja certo – disse, reforçando, porém, que “falta humildade” ao ministro da Saúde.
Bolsonaro voltou ainda a atacar os governadores que estão pondo em prática medidas de isolamento social para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. Ele mencionou os governadores de São Paulo, João Doria (SP), Wilson Witzel (RJ) e Carlos Moisés (SC) e declarou que eles agem com motivação política para tirá-lo do cargo.
– Eu apelo aos governadores e prefeitos que revejam as suas posições. Comecem a abrir (o comércio). Não é pra abrir imediatamente, mas vai abrindo devagar. Todo dia tem no Alvorada aqui pessoas desesperadas. Isso é triste.
Putz. O cara não vai sossegar. Tá pedindo. Mas não vai conseguir tão fácil assim.