Durante confraternização de fim de ano com oficiais generais das Forças Armadas, realizada nesta segunda-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro tratou o ex-presidente Emílio Garrastazu Médici como “eterno presidente”, fez elogios aos governos militares e disse que as unidades de combate e defesa são a “âncora” do atual governo.
“Quero cumprimentar a todos, desejar boas festas e dizer que nós nada fazemos sozinhos. A grande ancora do meu governo são as Forças Armadas e, juntamente com outras classes, outras instituições nos dão a certeza de que realmente podemos mudar o destino do nosso Brasil”, disse Bolsonaro.
O presidente ressaltou que a ampliação dos limites da costa brasileira e a criação da Zona Franca de Manaus ocorreram durante o período militar.
“Quando se fala em Amazônia Azul, devemos a passagem de 12 para 200 milhas do nosso mar territorial ao nosso eterno presidente Emílio Garrastazu Médici. Quando se fala em Amazônia, também vem em nossa mente a Zona Franca de Manaus. Devemos a mesma ao nosso presidente Marechal Humberto de Alencar Castello Branco. Feito isso, nos permite dizer que a Amazônia é nossa”, afirmou.
Castello Branco foi o primeiro militar a assumir o país após o golpe de 1964. Já o governo de Médici é considerado o período mais duro e repressivo da ditadura.
O presidente disse ainda que “os tempos mudaram” e que espera sancionar novas regras para a aposentadoria de militares nos próximos dias. “Temos um governo que valoriza a família e respeita o seu povo, ao qual nós devemos lealdade. Um governo que adora a Deus e reconhece o valor dos seus militares”, afirmou Bolsonaro.
Antes, o comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, fez um discurso no qual chamou de falsos os danos ao meio ambiente ocorridos no país durante o ano de 2019. Ele classificou ainda como ameaças à pátria assuntos como a “instabilidade internacional” e “questões indígenas e ambientais manipuladas”. “As Forças Armadas reagiram prontamente e ainda hoje combatem essas adversidades”, completou o comandante.
Já o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, informou que tanto as queimadas da Amazônia quanto a questão do óleo do Nordeste estiveram “contaminadas de paixões que faziam esquecer o esforço brasileiro em conservar a maior área de floresta do mundo”.
Azevedo citou a Operação Verde Brasil, que juntou esforços para combater os incêndios. “Quem cuida da Amazônia brasileira é o Brasil”, sentenciou.
Os militares agradeceram a aprovação do regime especial de aposentadoria dos militares. “Obrigada pela sua coragem de enviar o projeto”, disse Azevedo e Silva. “Faltava preencher o vazio de décadas”, finalizou. (Metrópoles)