O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta segunda-feira (26) as intenções que estariam por trás das anunciadas ajudas internacionais para combater incêndios na Amazônia, após o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciar que os países do G7 darão ao menos 20 milhões de euros para combater as queimadas.
Bolsonaro, na saída do Palácio do Planalto, em uma fala recheada de ataques à imprensa, a qual acusou várias vezes de mentir, Bolsonaro também disse que prefere fazer quatro anos de um bom governo do que oito anos de um governo ruim. Ele também negou se preocupar com reeleição, apesar de repetidos pronunciamentos públicos que fez recentemente, nos quais afirmou que pretende entregar um país melhor em 2022, ou em 2026, ao seu sucessor.
— Não estou preocupado com reeleição. O dia em que eu me preocupar com reeleição, me transformo num cara igual aos outros que me antecederam—, afirmou.
Antes mesmo de saber o teor do comunicado do G7, o governo brasileiro estava decidido a não aceitar qualquer tipo de ajuda que fosse vinculada a mecanismos de monitoramento.
Segundo uma fonte, o presidente Jair Bolsonaro e seus principais auxiliares passaram o fim de semana trabalhando com seus países aliados, como EUA, para que o texto final do G7 não contivesse discussões conceituais e declarações políticas ou com linguagem “vaga e imprecisa”, tais como a definição de “pulmão do mundo” para a Amazônia.