Beto, Ratinho e Barros: os encurralados

(por Ruth Bolognese) – A nova estratégia montada pelo governador Beto Richa para as eleições desse ano é, deveras inteligente, mas encurrala Ricardo Barros, Ratinho Jr. e ele próprio.

Depois de 7 anos de provocações por parte do estrategista de Maringá, ministro da Saúde, Ricardo Barros, o governador reagiu: mandou recado através do deputado Ademar Traiano – o que é uma temeridade no contexto da compreensão básica das coisas – dizendo que Ratinho Jr. e a vice-governadora, Cida Borghetti, devem marchar unidos na disputa pelo Governo.

Eis aí a condição, para que ele, Beto Richa, saia candidato ao Senado e deixe o governo nas mãos da família Barros durante 9 meses.

Ao ficar no Governo, Beto Richa mata três coelhões com uma só cajadada: com a máquina estatal sob seu controle, torna-se o Rei dos Caras porque pode alavancar tanto Cida quanto Ratinho Jr. na direção do Palácio Iguaçu. Um para Beto, Zero para Ricardo Barros.

Na mesma sequência de rara inteligência estratégica, coloca as famílias Barros e Ratinho em conflito de interesse porque ambas querem um governador para chamar de seu. Dois para Beto, Zero para Ratinho, Zero para Ricardo Barros.

E, finalmente, ao exigir que Belezura e Ratinho Jr. se enquadrem como aliados para elegê-lo senador, corre o risco de ver cada um deles pegar o próprio caminho, com muita raiva, e passarem toda a campanha eleitoral ignorando-o solenemente. Ou pior, descendo-lhe o sarrafo.

Um para Ricardo Barros, Um para Ratinho Jr e Zero para Beto Richa.

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