(por Ruth Bolognese) – O ex-governador Beto Richa, em seu primeiro pronunciamento público depois da divulgação do áudio sobre a Odebrecht, que não gostou do que ouviu. – “Conversei com o Deonilson e ele me pediu um tempo para se explicar. Estou aguardando”.
O jornalista Deonilson Roldo, como se sabe, era o chefe de Gabinete do governador e tido como seu braço direito na administração. Foi demitido no último final de semana pela governadora Cida Borghetti depois da divulgação do áudio onde afirmou que a obra no valor de R$ 7 bilhões da PR 323, no Noroeste do estado, estava reservada para a empreiteira Odebrecht. No início do governo Cida, Deonilson ocupava o cargo de diretor de Relações Empresariais da Copel.
Sobre a decisão tomada por Cida Borghetti o ex-governador Beto Richa afirmou que o próprio Deonilson Roldo reclamou, dizendo que não teve tempo nem espaço para se defender e que poderia ter se licenciado para se explicar.
Beto Richa negou que a campanha dele para a releição em 2014 tenha recebido R$ 2,5 milhões da empreiteira Odebrecht em troca da construção da PR-323. – “O comitê financeiro (da campanha eleitoral) foi orientado por mim a não receber qualquer dinheiro ilícito e as contas foram todas aprovadas pela Justiça Eleitoral”.
Richa adiantou na entrevista à Gazeta do Povo que no próximo dia 6 de junho será julgado o pedido de sua defesa para que as denúncias, vindas de delações premiadas de que teria recebido dinheiro da Odebrecht, para redirecionar o processo do Superior Tribunal de Justiça para a Justiça Eleitoral, como tem ocorrido com outros casos semelhantes.
Sergio Moro também espera os motivos da gravação e de receber o amigo de Toni Ton Ton Garcia.