O ex-governador Beto Richa e a mulher, Fernanda Richa, serão chamados a depor perante o Gaeco nesta quinta (13) e sexta-feira (14). Os promotores querem esclarecimentos de ambos sobre o possível envolvimento do casal em negócios públicos que teriam gerado propinas para a família.
Com base em delações do empresário Tony Garcia, o Gaeco levantou indícios do esquema e deflagrou na terça (11) a Operação Radiopatrulha que mostraram pagamentos ilícitos feitos por empresários que ganharam concorrências fraudadas para alugar máquinas e equipamentos para o programa estadual Patrulha do Campo.
O Gaeco identificou pelo menos 13 participantes do esquema e pediu prisões temporárias de Beto e Fernanda, além de outros agentes públicos e empresários.
A maior parte dos presos se encontra no Complexo Médico Penal de Pinhais, mas o casal Richa foi transferido para as instalações do Regimento Coronel Dulcídio, da Polícia Militar, no Tarumã, onde ocupam quartos privativos e separados.
Seus advogados entraram com pedidos de habeas corpus para ambos, mas o desembargador relator do caso Laertes Ferreira Gomes só decidirá após ouvir do juiz Fernando Fischer, que decretou as prisões, se há necessidade de mantê-los reclusos. As prisões temporárias têm prazo de cinco dias para terminar, isto é, no sábado (15).