Poucos dias depois de o Sindicato dos Arquitetos do Paraná ter entrado na Justiça com uma Ação Civil Pública para responsabilizar o prefeito Rafael Greca e o governador Beto Richa pela falta de providência para recuperar o Palácio Belvedere – que pegou fogo em dezembro passado -, a prefeitura decidiu proteger suas ruínas com lonas plásticas. O prédio histórico, construído em no início do século 20, pode ser restaurado – desde que não fique desprotegido como esteve durante 100 dias e sem que tenham sido licitadas as obras de restauração.
No Facebook, Greca diz que “agora a minha Prefeitura vai restaurar o nosso Patrimônio. O Belvedere art-noveau (1912), obra do nosso antecessor prefeito Cândido de Abreu, propriedade do Estado confiada à Academia Paranaense de Letras, incendiado criminosamente em dezembro passado, será digna e criteriosamente recuperado como convém a uma cidade civilizada. Destaco que NÃO É propriedade do município. A cobertura de segurança preserva da chuva o madeiramento histórico. Para desespero dos nossos detratores , alegria de servir Curitiba e os curitibanos”
Observem no texto: o prédio histórico não é de Curitiba, é de propriedade do Estado e foi cedido à Academia de Letras. Mesmo assim, caridosamente, a prefeitura assumiu a tarefa de recuperá-lo.
O Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Paraná (SindArq) está inconformado com a inércia da prefeitura de Curitiba e do governo do estado para recuperar o Palácio Belvedere, tomado por um incêndio na noite de 6 de dezembro do ano passado. Em razão disso, deu entrada em Ação Civil Pública numa das Varas da Fazenda Pública de Curitiba para responsabilizar o governador Beto Richa e o prefeito Rafael Greca pelo desleixo com o patrimônio histórico e cultural da cidade, ameaçada de perder um bem tombado pelo estado e declarado pelo município como Unidade de Interesse Especial de Preservação.
Construído em 1915 pelo então prefeito Cândido de Abreu, o prédio de características arquitetônicas em estilo art nouveau, teve seu telhado destruído pelo fogo há mais de quatro meses e desde então vem tendo sua estrutura e dependências internas deterioradas rapidamente. Salvo por um tardio tapume colocado no entorno do imóvel para evitar invasões, nada mais foi feito visando a recuperá-lo. A primeira providência foi “embrulhá-lo” em lonas para protegê-lo das intempéries.
E o processo de responsabilidade sobre o incêndio e a demolição da Casa/Museu Erbo Stenzel no Parque São Lourenço ???