Cesare Battisti já está voando da Bolívia direto para a Itália, onde deve chegar às 10h30 da manhã desta segunda-feira. O governo Bolsonaro pretendia que ele fizesse escala no Brasil para entregá-lo oficialmente às autoridades italiana, mas os italianos disseram não. Por uma razão simples: o decreto de extradição assinado por Michel Temer em dezembro passado estabelecia a condição de que Battisti ficaria livre da prisão perpétua, cumprindo 30 anos de cadeia – o máximo permitido pela legislação brasileira.
A Itália julgou melhor mandar um avião próprio à Bolívia, negociou a entrega com Evo Morales e, de conformidade com as leis italianas e com o resultado do julgamento que o condenou por quatro homicídios, Battisti passará a cumprir imediatamente a prisão perpétua.
Um avião da Polícia Federal brasileira chegou a ser enviado a Santa Cruz de la Sierra, mas seus serviços foram dispensados. E o Brasil, que perdeu a pista de Battisti antes mesmo do decreto de extradição, vai festejar à distância.