Quando assumiu a liderança do governo no Congresso Nacional, em outubro do ano passado, o senador Eduardo Gomes, do MDB, colocou o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) na vice-liderança. Todavia, até hoje, segundo informa o blog O Antagonista, governistas não conseguem entender como Jair Bolsonaro aceitou a função de Barros, que já foi líder os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso. O blog reproduz citações do parlamentar paranaense para mostrar alguns motivos do incômodo.
O deputado foi o relator da Lei de Abuso de Autoridade na Câmara dos Deputados. Durante a tramitação do projeto, o deputado falou sobre a proposta em entrevista a O Antagonista: “É um trabalho de mostrar que a Lava Jato quebrou o Brasil, optando por uma ruptura que não foi seguida por outros países (…). Esses 13 milhões de desempregados têm que entender que quem patrocinou a recessão foi a Lava Jato.”
Em setembro do ano passado, o deputado do PP — partido com o maior número de investigados na Lava Jato — também disse ao UOL, segundo O Antagonista: “Se precisar demitir o presidente, nós demitimos. Ele não pode demitir o Congresso. A palavra final é nossa, ele é que tem que querer estar de bem conosco. Se ele não quer, está ótimo para nós.”