Barros exige resposta: Beto sai ou fica?

Com uma questão o ministro e operador político Ricardo Barros não se preocupa: a mulher dele, a vice Cida Borghetti, será candidata a governadora em qualquer circunstância, não importa se Beto Richa vai renunciar ou não até 7 de abril para se candidatar a senador. Esta posição é definitiva e irreversível, afirmam ao Contraponto interlocutores muito próximos de Barros.

Há uma outra questão que, se não tira do ministro sua inabalável frieza, produz nele uma certa angústia: Beto precisa avisá-lo no prazo máximo de 15 dias se pretende mesmo deixar o Palácio Iguaçu por questões de ordem prática, naturais nas sucessões de poder: Cida vai assumir seu lugar e precisa de um tempo mínimo razoável para encaminhar a transição.

A intenção do casal Ricardo-Cida, dizem as mesmas fontes, não é promover nenhum desmanche da estrutura política de Beto Richa, mas a governadora que assumirá deverá nomear secretários, diretores de estatais, reestruturar inúmeros órgãos, pelo simples fato de que não são poucos os atuais ocupantes de cargos estratégicos do governo que também se afastarão para concorrer às eleições de deputado estadual e federal ou para se integrar às campanhas. Cida terá de escolher nomes para substituí-los e manter a equipe completa antes que isto aconteça.

Além disso, embora participe ativamente da administração estadual, Cida precisa se inteirar de detalhes quanto à situação das finanças, dos compromissos assumidos, de programas e projetos que estão em andamento. Pelo menos 15 ou 20 dias seriam necessários para que se fizesse com normalidade a transição e não houvesse solução de continuidade no governo.

Apesar dos apelos que Ricardo Barros já teria feito a Beto Richa para que se defina, o governador mantém-se calado. Embora dê sinais de que está em campanha, o fato de não se definir tolhe os movimentos de Cida Borguetti.

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