Após fixara os juros do cheque especial em 8% ao mês (o equivalente a 150% ao ano), a equipe econômica do governo Bolsonaro mira agora as operações com cartão de crédito. Uma das distorções apontadas pelo Banco Central (BC) — e que o governo quer atacar — é a possibilidade de parcelar as compras no cartão de crédito sem juros. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, uma das medidas em análise é restringir o parcelamento nesse tipo de operação.
Na prática, o parcelamento sem juros acaba funcionando como uma forma de crédito. “Alguém paga essa conta”, disse jornal paulista uma fonte da equipe econômica que acompanha os estudos para um novo desenho para o produto.
O governo federal já fez mudanças na regulação do cartão, mas não está satisfeito com os juros cobrados nessa linha de crédito, que chegaram a 317,22% ao ano em outubro passado, de acordo com dados do Banco Central.
A alteração das regras, no entanto, deve demorar um pouco mais pela “complexidade” de funcionamento desse tipo de meio de pagamento. Para vender parcelado aos clientes sem juros, os lojistas pagam uma taxa mais alta para o emissor do cartão. (Com informações do Estadão).