A decisão da Justiça do Trabalho que determinou a Rafael Greca que não contrate médicos terceirizados enquanto não resolver a questão trabalhista do quadro de médicos que hoje atende nas UPAs e unidades de saúde “escancara o autoritarismo do prefeito”. A opinião é do deputado Ney Leprevost – líder a frente parlamentar da saúde na Assembleia -, condenando a paralisação unilateral por parte da prefeitura das negociações salariais reclamadas pelo Sindicato dos Médicos do Paraná.
Ney lamenta que, além de ameaçar os profissionais do quadro próprio com a contratação de terceirizados para substituí-los, Greca “se empenhou em desmoralizar os médicos jogando-os contra a opinião pública e responsabilizando-os pela precariedade do atendimento”.
“A precariedade do atendimento é de responsabilidade do prefeito”, diz Leprevost. “Durante a campanha para a prefeitura, ele prometeu resolver todos os problemas do setor no prazo de 180 dias. Este prazo terminou em junho passado e a situação só se agravou. Continuou faltando medicamentos, as demoras no atendimento só aumentaram, todos os serviços foram precarizados”, enfatizou.
Os médicos em greve, lembrou o deputado, cumprem a lei e mantêm a normalidade nos atendimentos de urgência e emergência. “Falta disposição da prefeitura para o diálogo com o Sindicato e sobram autoritarismo e prepotência por parte do prefeito”, afirma, lembrando que este foi um dos motivos que levaram a Justiça do trabalho a obrigar o município a suspender sua intenção de terceirizar os serviços.