Seguindo os mesmos passos do amigo Beto Richa, o empresário e operador Jorge Atherino ingressou esta tarde (quinta-feira, 21) com pedido de habeas corpus perante a 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Atherino também foi preso há três dias pelo Gaeco sob acusação de que estaria agindo para atrapalhar as investigações da Operação Quadro Negro.
O pedido ainda não foi julgado pelo juiz Bley Pereira Jr.
Sua defesa argumenta que não há fundamento nesta alegação do Ministério Público aceita pelo juiz da 9.ª Vara Criminal de Curitiba. Segundo os advogados, Atherino já havia cumprido 130 dias de prisão (de 11 de setembro de 2018 a 16 de janeiro de 2019) e havia sido beneficiado por alvará de soltura mediante várias condições, que vinham desde então sendo cumpridas rigorosamente:
- estava usando tornozeleira eletrônica com restrição da sua liberdade ao perímetro da cidade de Curitiba/PR;
- estava proibido de manter contato com os investigados na ação penal da Justiça Federal, cujas pessoas são as mesmas investigadas na espécie;
- proibido de frequentar a empresa de sua família e manter contato com parceiros de negócios e outras atividades ligadas aos negócios das empresas;
- prestou fiança em valor bastante elevado (R$ 8 milhões), através do oferecimento de imóveis.
Não haveria necessidade, portanto, diz a defesa de Jorge Atherino, de aplicação de prisão preventiva e que outras medidas cautelares poderiam ser adotadas.