Associação Comercial sugeriu interrupção total do transporte coletivo de Curitiba

O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, sugeriu ao governador Ratinho Jr. a interrupção completa do sistema de transporte coletivo de Curitiba como forma de conter a propagação do coronavírus na cidade e na região metropolitana.

Turmina reclama que não foi ouvido quando defendeu, durante reunião do setor produtivo com o governador. Segundo ele, com o serviço de ônibus suspenso, poderia ser mantido o funcionamento do pequeno comércio nos bairros, com poucos funcionários e em muitos casos tocadas pela própria família. “Os comerciantes e funcionários se adaptariam com meios alternativos de transporte e pelo menos parte da economia ficaria funcionando. Ônibus poderiam atender apenas setores da saúde e segurança”, defendeu.

O presidente da ACP lamentou também que “enquanto o comércio fecha novamente suas portas com grandes sacrifícios à classe empresarial, o governo do estado contraria o próprio decreto que impôs a quarentena restritiva no estado”. Para exemplificar, citou a fala do secretário estadual da Saúde, Beto Preto, que afirmou ser impossível cumprir a regra que proíbe a lotação dos ônibus durante após reunião na Comec (Coordenação da Região Metropolitana).

“O decreto é claro”, observa Turmina. “Em seu artigo 10 estabelece que os veículos do transporte coletivo ‘somente poderão transportar passageiros em quantidade limitada ao número de assentos’. Muito nos surpreende ouvir o secretário de saúde declarar que os ônibus poderão rodar com até 65% de ocupação. E como fica então o cumprimento da própria ordem do governo? ”

Para Camilo, sacrifícios não podem ser impostos apenas a uma parte das empresas, especialmente as pequenas.

O dirigente também denuncia que há milhares de comerciantes sem acesso a recursos para manter seus negócios, com grandes dificuldades para obter linhas de crédito. “A incerteza tem tirado o sono principalmente dos pequenos, desesperados com a folha de pagamento que tem que ser paga dia seis, sem dinheiro em caixa e sem ter a quem recorrer”, alerta Turmina, reforçando que programas de crédito para pequenas empresas, incluindo capital de giro e para financiamento de folha de pagamentos não estão chegando à maioria dos pequenos.

2 COMENTÁRIOS

  1. O Turmina tem razão, enquanto não parar parado, esqueçam a solução, hoje li uma pesquisa que afirma que para cada dia sem isolamento, demora mais 2,4 dias para uma reabertura.

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